Providência para evitar fecho de escola em Ovar indeferida
Porto Canal / Agências
Ovar, 06 Out (Lusa) - O grupo de pais da EB Oliveira Lopes, em Válega, Ovar, que havia intentado uma providência cautelar para impedir o encerramento da escola, está indignado por o despacho de indeferimento revelar que foi a Câmara que pediu o encerramento.
"O presidente da Câmara, numa reunião extraordinária em que explicámos porque é que estamos contra o fecho da escola, disse que fez tudo para evitar o encerramento, mas agora o despacho da juíza veio revelar que ele dirigiu um ofício ao Ministério para a fecharem", disse à Lusa Manuel da Silva Costa.
Silva Costa, do grupo de cidadãos que promoveu a providência cautelar junto do Tribunal Administrativo e Fiscal de Aveiro, relata que os pais estão inconformados e pretendem demonstrar numa ação pública o seu descontentamento.
"A mudança para o Centro Educativo de Regedoura implica o atravessamento de EN109, sobrecarregada com trânsito, e da Linha Férrea do Norte, o que causa grandes transtornos aos pais", explicou.
Segundo aquele encarregado de Educação, a EB Oliveira Lopes tinha inscritos para este ano mais de 80 alunos, muito acima do mínimo legal exigido, embora reconheça que se trata de um edifício centenário, a precisar de obras de reabilitação.
Silva Costa atribui o encerramento à intenção de entregar o imóvel para sede da associação de antigos alunos, para que seja esta a recuperar o edifício, através de candidatura a fundos comunitários.
"A Câmara deixa de ter essa despesa e, como se lê no despacho da juíza, foi o próprio presidente da Câmara que dirigiu um ofício à Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares - Direção de Serviços da Região Centro, a solicitar o encerramento da escola", afirma Silva Costa.
A Lusa tentou, sem sucesso, ouvir o presidente da Câmara de Ovar sobre o assunto.
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