Sindicato avança que maioria dos hospitais estão com mais de 80% de adesão à greve dos enfermeiros

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Porto Canal

A esmagadora maioria dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) registou uma adesão dos enfermeiros à greve acima dos 80%, segundo dados revelados hoje pelo sindicato.

De acordo com o sindicato, todos os hospitais públicos estão acima dos 80% de adesão, à exceção de quatro unidades: Vila Franca de Xira, Pulido valente e hospitais de Águeda e da Covilhã.

Sobre a adesão registada hoje nos centros de saúde, o sindicato disse ainda não dispor de dados.

José Carlos Martins, presidente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), considerou que esta "forte adesão" é também uma resposta ao Ministério da Saúde, que aludiu a uma banalização das greves.

"É uma forte resposta à perspetiva de banalização que o senhor ministro quis imprimir a esta greve. Significa que o senhor ministro da Saúde, em vez de tentar desvalorizar esta manifestação de insatisfação dos enfermeiros, era muito importante que apresentasse propostas concretas, claras e objetivas para a solução dos problemas dos profissionais. Sem profissionais não há SNS que resista", afirmou.

O sindicalista falava aos jornalistas numa conferência de imprensa ao final da manhã no Hospital de São José, unidade que registou mais de 95% de adesão dos enfermeiros na manhã do primeiro de dois dias de greve nacional contra a "grave carência" de profissionais nas unidades públicas de saúde e pela dignificação da profissão e da carreira de enfermagem.

Na terça-feira, véspera do início da greve, o Ministério da Saúde veio lamentar o que considera ser a "banalização da greve", sublinhando ainda ter-se comprometido com a "autorização de contratação de mais de 1700 enfermeiros no período de outubro de 2014 a outubro de 2015".

Na conferência de imprensa, o SEP voltou a apelar ao Ministério da Saúde para aumentar o número de admissões de enfermeiros, considerando que serão necessários de imediato pelo menos mais 2.500 profissionais, o mesmo número de enfermeiros que abandonaram o SNS nos últimos dois anos.

Nas contas dos sindicalistas, faltam mais de 25 mil enfermeiros nos serviços públicos: 6.500 nos cuidados primários e 19 mil nos hospitais.

Esta paralisação serve ainda para exigir uma valorização da profissão, as 35 horas semanais de trabalho para todos, a progressão na carreira e a reposição do valor das horas suplementares e noturnas.

Na quinta-feira, segundo dia de paralisação, o SEP promove uma concentração junto ao Ministério da Saúde, em Lisboa. Admite que muitos dos enfermeiros possam não comparecer para "ficarem a descansar", dado que atingiram o "limite da exaustão" em que se encontram, frisando que muitos profissionais chegam a trabalhar entre 10 a 20 dias seguidos, sem pausas.

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