Polícia venezuelana prendeu líder de grupo que assassinou comerciante madeirense
Porto Canal / Agências
Caracas, 23 set (Lusa) - As autoridades venezuelanas confirmaram hoje terem "capturado" quatro indivíduos, entre eles o líder, de um grupo criminoso que em julho último terá sequestrado e assassinado um comerciante madeirense em Caracas.
"Agarrámos o líder do grupo", disse, aos jornalistas, o comissário Douglas Rico, subdiretor do Corpo de Investigações Científicas, Penais e Criminalísticas (Cicpc, antiga Polícia Técnica Judiciária).
Segundo fontes policiais, as detenções tiveram lugar durante uma 'rusga surpresa' no bairro Gramoven de Cátia, oeste de Caracas, durante a qual outros três criminosos morreram nos confrontos com a polícia.
Durante a operação, a polícia encontrou uma ossada humana e um cadáver em estado avançado de descomposição, que vão ser submetidos a provas forenses para identificar a identidade das vítimas.
A 08 de julho o comerciante português José Enrique Maia Sardinha, de 40 anos, foi sequestrado por vários homens armados depois de chegar à padaria "El Arabito", da qual era proprietário, em Cátia.
Quatro dias depois as autoridades encontraram uma cabeça e as mãos de um homem, nas proximidades do Mercado de San Martín, confirmando mais tarde tratarem-se de partes do corpo do comerciante português, que era filho de emigrantes naturais do Porto Moniz, Madeira.
A 21 julho último as autoridades venezuelanas anunciaram que tinham detido duas mulheres e que procuravam quatro homens suspeitos de envolvimento no sequestro do comerciante português.
Fontes policiais dão conta que o "cruzamento" de telefonemas permitiu estabelecer a alegada participação no sequestro de dois motoristas, empregados que distribuíam o pão da padaria da vítima a supermercados caraquenhos.
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