Tribunal de Vila Real começa a julgar megaprocesso de tráfico condicionado pelo Citius

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Porto Canal / Agências

Vila Real, 15 set (Lusa) -- O Tribunal de Vila Real começou hoje a julgar um megaprocesso de tráfico de droga, que envolve 22 arguidos do Peso da Régua, condicionado pelos problemas no sistema informático Citius que impediram a gravação da audiência.

A reforma judiciária arrancou a 01 de setembro, mas a nova Comarca de Vila Real retardou o agendamento dos julgamentos para hoje, dia 15 de setembro.

Em consequência, começou hoje o megaprocesso que junta 22 arguidos, sete dos quais estão em prisão preventiva (quatro mulheres e três homens), e que chegam a tribunal indiciados pelos crimes de tráfico de droga agravado, por alegadamente venderem estupefacientes nas imediações de escolas, ainda tráfico de droga e uma detenção de arma proibida.

No entanto, durante a manhã apenas foi possível efetuar a identificação dos arguidos devido, segundo o coletivo de juízes, a falhas na plataforma informática Citius, que serve os tribunais, e que impossibilitaram a gravação da audiência.

O juiz presidente da Comarca de Vila Real, Álvaro Monteiro, afirmou aos jornalistas que esta manhã o início dos julgamentos foi "bastante condicionado porque o sistema informático Citius continua a não corresponder e a não responder".

"Estamos condicionados por esse sistema que nos impede de prosseguir com as diligências caso não seja possível efetuar as gravações dos julgamentos", salientou.

Álvaro Monteiro salientou que se espera que o problema fique "resolvido o quanto antes" para se começar a "ter o funcionamento normal dos tribunais".

No âmbito da reforma judiciária, Vila Real acolhe um dos 23 grandes tribunais criados no país e é aqui que estão centralizadas as instâncias centrais cível, crime, família e menores e trabalho, enquanto as execuções passaram para Chaves.

Em Vila Real, os serviços ficaram repartidos entre o atual edifício do tribunal e em módulos, os chamados prefabricados ou contentores.

Também por causa da reforma, os processos de todo o distrito que sejam referentes a casos com mais de 50 mil euros e dos que pode ser aplicada uma pena de mais de cinco anos de prisão passam a ser todos julgados em Vila Real.

Precisamente por isso é que este megaprocesso foi transferido do Peso da Régua, onde decorreu a investigação e as detenções, para a capital de distrito.

A investigação, que juntou a Polícia Judiciária e a Guarda Nacional República, resultou na detenção dos arguidos, na maior parte dos casos em outubro de 2013, culminando uma investigação de vários meses.

Para o arranque deste julgamento, que envolve elementos de etnia cigana, verificou-se um forte aparato policial que juntou elementos da PSP de Vila Real e do Grupo de Intervenção e Segurança Prisional (GISP).

Se a plataforma informática estiver operacional, na quarta-feira dar-se-á início à audição da cerca de uma centena de testemunhas, 90 das quais apresentadas pela acusação.

PLI // JGJ

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