O ex-líder da Iniciativa Liberal (IL) Rui Rocha acusou o secretário-geral do PSD de querer “controlar” Braga e justificou a sua candidatura à câmara local como uma forma de derrotar “os donos disto tudo”.

“É uma candidatura contra os donos disto tudo”, porque “Braga não tem dono, os donos de Braga são os bracarenses”, afirmou Rui Rocha, num jantar-comício, com a presença da líder da Iniciativa Liberal, Mariana Leitão.

Numa câmara social-democrata há 12 anos, Rui Rocha apontou o vereador João Rodrigues, que se candidata pelo PSD/CDS/PPM para tentar suceder a Ricardo Rio, como um dos “donos disto tudo”, a par do “aparelho do PSD”.

“Braga não é de Hugo Soares e nós vamos derrotar todos aqueles que querem controlar Braga através do aparelho do PSD”, afirmou Rui Rocha, que também acusou Filipe Aguiar (Chega) de ter aberto a porta à negociação com o PSD, no caso de uma vitória dos sociais-democratas.

Por isso, “votar no Chega é votar também nos donos disto tudo e nós não estamos aqui para facilitar a vida aos donos disto tudo”.

Para Rui Rocha, “os bracarenses querem mudança e os únicos que estão em condições de trazer independência” e transportar braga para o futuro” são os candidatos da IL.

Para tal, Rui Rocha escolheu como slogan “Braga, Capital do Norte”, mesmo que isso divida os liberais. “Peço desculpa Miguel Rangel, mas nós queremos ser mesmo a capital do norte”, afirmou, dirigindo-se para o secretário-geral e deputado da IL.

“Eu amo mais Braga do que o João Rodrigues se ama a si próprio”, ironizou Rui Rocha, destacando a “campanha extraordinária” da IL onde tem ouvido a “palavra mudança” várias vezes.

“Os bracarenses desejam mudança e desejam um novo ciclo político” e “podem ter certeza que esse novo ciclo político será liderado pela Iniciativa Liberal”, afirmou, dizendo que o PS só traz “propostas do passado e descabeladas”, que são extemporâneas, faltando apenas um “terminal de cruzeiros” ou uma “nova base da NASA”.

“Se os portugueses estão cansados desta postura despesistas dos socialistas”, estão também descontentes com a “estagnação” da governação da Câmara e de “um jogo que parece ter as cartas viciadas”, acusou.