Candidato do IL quer “casas para todos os bolsos” em Matosinhos
Porto Canal/Agências
O cabeça de lista da Iniciativa Liberal (IL) à Câmara de Matosinhos, Filipe Garcia, defendeu esta quarta-feira “casas para todos os bolsos” no concelho, por considerar que as pessoas não têm qualidade de vida sem habitação.
“Claramente, não há qualidade de vida sem as pessoas terem uma solução válida e sustentável para o tema da habitação, por isso, o nosso objetivo é que haja casas para todos os bolsos”, afirmou o liberal.
Filipe Garcia referiu que o problema da habitação não é só um problema de Matosinhos, mas um problema nacional, passando a solução pelo aumento da oferta para venda e, sobretudo, arrendamento.
“O problema não está na procura, nós queremos procura porque procura significa atividade económica, emprego e riqueza, o que nós não temos é oferta, portanto, temos de trabalhar do lado da oferta para resolver isto”, entendeu.
Depois de ter passado a manhã em Lavra, o candidato da IL, juntamente com a comitiva, seguiu para Leça do Balio para apresentar as suas propostas e apelar ao voto nas eleições de domingo.
A sua estratégia para a habitação passa por três eixos, sendo o primeiro a libertação de terrenos para construção, nomeadamente em áreas prioritárias para a expansão e coesão territorial do município, do distrito do Porto.
Em sua opinião, Matosinhos tem espaço para se poder construir mais e com muitos locais onde a mobilidade não é um problema, designadamente terrenos ao lado das principais estradas e estações de metro.
“E há muitos terrenos, muitos deles de cariz mais rural, que não podem, neste momento, receber construção e nós entendemos que isso é uma das coisas que temos de mudar”, assinalou.
Além disso, Filipe Garcia considerou que é preciso simplificar e tornar os custos de licenciamento mais baixos, modernizar os regulamentos e tornar os processos mais rápidos.
“Tempo é dinheiro e precisamos de atrair investidores, por isso a simplificação das licenças e a modernização dos regulamentos é bastante importante”, vincou.
A tudo isto, o liberal considerou que é ainda preciso trabalhar muito nas soluções de construção para arrendamento.
“Quando estamos a falar de construir para arrendamento quer dizer que estamos a pensar que os próprios prédios ou as próprias frações já são construídas não numa lógica de propriedade horizontal, isto é, para vender fração a fração, mas numa lógica de, digamos, serem construídas já para arrendar”, explicou.
Atualmente, Portugal tem um mercado imobiliário onde a maioria dos apartamentos que estão disponíveis para arrendamento são de micro proprietários, ou seja, de pessoas que têm uma, duas, três ou quatro casas.
“E isso significa que nem a construção dos prédios é feita para se pensar já no negócio de arrendamento, nem há possibilidade de conseguir economias de escala ao nível da construção para arrendamento”, frisou.
De forma resumida, Filipe Garcia insistiu que a sua ideia é atuar muito do lado da oferta libertando terrenos, simplificando os processos e criando soluções de construção para arrendamento.
Concorrem à Câmara de Matosinhos a atual presidente de Câmara, Luísa Salgueiro, pelo PS, o advogado Bruno Pereira pela Aliança Democrática (AD – coligação PSD/CDS-PP), o vereador da CDU José Pedro Rodrigues, o ex-socialista e vereador independente António Parada, pelo Chega, o ex-presidente do grupo parlamentar do Bloco de Esquerda (BE) Pedro Filipe Soares, Filipe Garcia, pela IL, Diana Sá, pelo Livre, Vasco Martins, pelo ADN, e Hugo Alexandre Trindade, pelo PAN.
O atual executivo é composto por sete eleitos do PS, um do PSD, um independente, um pelo movimento António Parada Sim! e um da CDU.
