Livre quer tornar edifícios públicos devolutos em habitação acessível em Matosinhos

Livre quer tornar edifícios públicos devolutos em habitação acessível em Matosinhos
Foto: CM Matosinhos
| Política
Porto Canal/Agências

A candidata do Livre à Câmara Municipal de Matosinhos, Diana Sá, defendeu esta segunda-feira a reconversão e requalificação de edifícios públicos devolutos ou subutilizados em habitação de arrendamento acessível e residências estudantis.

Na apresentação da candidatura à Câmara de Matosinhos, Diana Sá, de 47 anos, referiu que a habitação, apontada como uma das suas prioridades, é um problema transversal a todo o país que afeta toda a gente e não apenas pessoas com vulnerabilidade económica.

“Por exemplo, uma pessoa que receba o equivalente a dois salários mínimos nacionais, que já não é considerada uma pessoa com vulnerabilidade económica, e que queira arrendar um T1 em Matosinhos o seu esforço financeiro vai ser superior a 30% dos seus rendimentos, ora isto não é sustentável de forma alguma”, exemplificou.

Perante uma sala cheia no Pavilhão de Inverno do Jardim Basílio Teles, em Matosinhos, onde também foram apresentados os candidatos à Assembleia Municipal e juntas de freguesia, Diana Sá considerou que não se pode permitir que o direito à habitação digna esteja sujeito à boa vontade ou à generosidade dos privados.

“A habitação digna é um direito que tem de ser assegurado e, por isso, apostamos no investimento na habitação pública com um sistema de arrendamento a preços controlados”, apontou.

A curto prazo, além da reconversão e requalificação de edifícios públicos devolutos ou subutilizados para habitação de arrendamento acessível e residências estudantis, a candidata do Livre quer o mesmo em relação aos edifícios privados.

Já a longo prazo, Diana Sá quer investir na promoção da constituição e expansão de cooperativas de habitação para a construção de habitação pública ou cooperativa com a sua devolução ao município, em caso da extinção da cooperativa gestora, bloqueando a venda dos imóveis no mercado privado e aumento da especulação imobiliária.

Além da habitação, Diana Sá, atriz, criadora e formadora, quer transportes públicos para todos e, para isso, quer reforçar a rede de transportes para que sirva todo o concelho de forma equitativa e diminua as assimetrias.

A médio prazo, contou, o objetivo é ter transportes públicos gratuitos no concelho, do distrito do Porto, para desincentivar o uso do carro, descongestionar o trânsito nas vias mais frequentadas e diminuir a combustão de combustível fóssil, contribuindo para uma mobilidade mais limpa.

Além de Diana Sá concorrem à Câmara de Matosinhos a atual presidente da autarquia, Luísa Salgueiro, pelo PS, o advogado Bruno Pereira pelo PSD, o vereador da CDU José Pedro Rodrigues, o ex-socialista e vereador independente António Parada pelo Chega, o ex-presidente do grupo parlamentar do Bloco de Esquerda (BE) Pedro Filipe Soares e Filipe Garcia pela IL.

O atual executivo é composto por sete eleitos do PS, um do PSD, um independente, um pelo movimento António Parada Sim! e um da CDU.

As eleições autárquicas realizam-se a 12 de outubro.

+ notícias: Política

PSD: Montenegro eleito novo presidente com 73% dos votos

O social-democrata Luís Montenegro foi hoje eleito 19.º presidente do PSD com 73% dos votos, vencendo as eleições diretas a Jorge Moreira de Silva, que alcançou apenas 27%, segundo os resultados provisórios anunciados pelo partido.

Governo e PS reúnem-se em breve sobre medidas de crescimento económico

Lisboa, 06 mai (Lusa) - O porta-voz do PS afirmou hoje que haverá em breve uma reunião com o Governo sobre medidas para o crescimento, mas frisou desde já que os socialistas votarão contra o novo "imposto sobre os pensionistas".

Austeridade: programa de rescisões poderá conter medida inconstitucional - jurista

Redação, 06 mai (Lusa) - O especialista em direito laboral Tiago Cortes disse hoje à Lusa que a constitucionalidade da medida que prevê a proibição do trabalhador do Estado que rescinde por mútuo acordo voltar a trabalhar na função Pública poderá estar em causa.