O Circuito Internacional de Vila Real, que tem como pista ruas da cidade, arranca esta sexta-feira e conta com cerca de 170 pilotos, 500 voluntários, inclui concertos, atrai visitantes e representa "mais economia", com hotéis e restaurantes “cheios”.

“Quando falamos do circuito não falamos apenas da componente desportiva e animação, falamos da identidade, da projeção de Vila Real, falamos de economia e turismo”, afirmou esta sexta-feira à agência Lusa o presidente da câmara, Alexandre Favaios.

O autarca disse que o impacto do circuito é “visível e concreto”, pois enche os hotéis, os restaurantes, os cafés, dinamiza o comércio, atrai milhares de visitantes.

A 54.ª edição do circuito, que se prolonga até domingo, coincide com a celebração dos 100 anos da elevação de Vila Real a cidade e representa o regresso das provas internacionais, através TCR World Tour, prova que substituiu a Taça do Mundo de Carros de Turismo.

Para Alexandre Favaios, o fim de semana de corridas representa, precisamente, a “elevação daquilo que é o espírito de Vila Real”.

As corridas automóveis tiveram a sua primeira prova de automobilismo em 1931 e realizam-se de forma ininterrupta desde 2014.

O traçado de 4,6 quilómetros, com 24 curvas, estende-se pelas avenidas da Europa e de Osnabruck, segue por um troço da estrada 322, desce pelas ruas Vasco Sameiro (reta de Mateus) e Casimiro de Oliveira.

Durante as provas estas ruas estão cortadas ao trânsito, mas há também condicionamentos em outros arruamentos da cidade.

O plano de emergência delineado para esta edição inclui a animação noturna, porque são esperadas muitas pessoas para assistirem aos concertos de Xutos & Pontapés (esta sexta-feira) e da banda inglesa James (sábado).

Na Avenida Carvalho Araújo há ainda uma mostra Wine & Food Circuit, no centro da cidade, onde estarão produtores de vinho e outros produtos típicos da região, incluindo as carnes, covilhetes e a doçaria conventual de Vila Real.

“É um processo complexo, difícil, que vai ter algum impacto na fluidez de trânsito e, por isso mesmo, foram criados quatro parques de estacionamento externos”, referiu Alexandre Favaios.

Os parques gratuitos estão localizados nas entradas da cidade situados na Fraga da Almotolia, zona industrial, zona envolvente ao hospital e Monte da Forca, e representam uma solução que permite aos visitantes deixar as viaturas fora da malha urbana e aceder ao centro através de transportes públicos, também gratuitos, especialmente reforçados para o efeito.

No edifício do antigo Governo Civil, no centro da cidade, foi instalado um centro de comando, onde estarão posicionadas equipas, inclusive apeadas, de diversas instituições, preparadas para intervir com rapidez.

A nível dos cuidados de saúde e devido à realização do Circuito Internacional de Vila Real, durante o fim de semana, o Serviço de Atendimento Complementar (SAC), em Mateus, vai ser assegurado no Centro de Saúde n.º1 (USF Corgo).

Durante estes três dias, a cidade transmontana acolhe etapas do TCR World Tour, prova que substituiu a Taça do Mundo de Carros de Turismo, do Campeonato de Portugal de Velocidade, do Campeonato de Portugal de Clássicos e uma demonstração de supercarros e do Clube Porsche.

Alexandre Favaios disse que, dispersos por todas as provas, estarão à volta de 170 pilotos.

Para além das bancadas oficiais, os aficionados pelo desporto automóvel vão-se espalhando pela pista, alguns em bancadas improvisadas em andaimes, em muros, nas varandas ou janelas das casas.

O presidente do Clube Automóvel de Vila Real, Jorge Almeida, já disse que o circuito conta, dentro de pista, com o trabalho de 500 voluntários, desde os comissários de pista, de boxes, técnicos desportivos, oficiais de prova, bombeiros, médicos ou enfermeiros.