Mural coletivo no Porto celebra 200 anos de Camilo Castelo Branco

Porto Canal/Agências
A sede da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) está a receber, até dia 27, a pintura de um mural coletivo, com curadoria de Frederico Draw, para celebrar o bicentenário de Camilo Castelo Branco.
O mural conta com curadoria de Frederico Draw e com a participação de Daniel Africano, Sphiza, Mots, Daniel Eime, Ana Torrie, Godmess, Mesk, Virus, Leonor Violeta, Ana Seixas, Francis.co, Mariana Malhão e Ruído.
“Este mural será uma interpelação camiliana — provocadora, extravagante, dramática e romanesca — aos transeuntes sonâmbulos da cidade e motivo de beleza e espanto a automobilistas reféns do trânsito portuense. Esperamos que conquiste também novos leitores”, afirmou, citado no texto, o vice-presidente da CCDR-N, e autor da ideia, Jorge Sobrado.
Ao longo do ano, vão multiplicar-se as iniciativas e as edições literárias para assinalar os 200 anos do nascimento do escritor.
Camilo Castelo Branco nasceu em 16 de março de 1825 na Rua da Rosa, em Lisboa, e perdeu a mãe aos 2 anos e o pai aos 10, tendo ido viver com uma tia para Vila Real. Ao longo da extensa carreira jornalística e literária, assinou obras que viriam a ser livros maiores da literatura em português, de "Amor de Perdição" a "Doze Casamentos Felizes", entre muitos outros.
Homem de vários interesses, profissionais e amorosos, é preso na Cadeia da Relação do Porto, a par de Ana Plácido, acusados de adultério, dada a existência do casamento de Plácido com o comerciante Manuel Pinheiro Alves. Ambos foram absolvidos.
Já cego devido à sífilis de que padecia, suicidou-se em 1 de junho de 1890, na casa onde morava em São Miguel de Seide, no concelho de Vila Nova de Famalicão.