Seguro apresenta candidatura a Belém e quer um país “justo e de excelência”

Seguro apresenta candidatura a Belém e quer um país “justo e de excelência”
| Política
Porto Canal / Agências

O candidato a Presidente da República António José Seguro disse este domingo que quer um país “justo e de excelência” e prometeu “seriedade, independência e ação”, no discurso de apresentação da sua candidatura, nas Caldas da Rainha.

"É por Portugal que sou candidato à Presidência da República", afirmou o antigo secretário-geral do PS na apresentação da candidatura a Belém, que decorreu no Centro Cultural de Congressos das Caldas da Rainha, no distrito de Leiria.

O candidato indicou que se rege pelos valores da "liberdade, igualdade, solidariedade, respeito pelo outro e seriedade" e que são esses "os pontos cardeais de um percurso que tem uma meta: fazer de Portugal um país justo e de excelência".

"Venho com vontade de servir Portugal com seriedade, independência e ação. Sou livre, vivo sem amarras", afirmou também.

António José Seguro disse que se afastou da vida política "quando podia dividir" e agora regressa, passado uma década, "para unir".

"Não venho pedir nada, venho retribuir muito do que os portugueses me deram", salientou.

O antigo líder do PS assegurou que "esta não é uma candidatura partidária, nem nunca será".

"É a casa de todos os democratas que, num momento difícil do nosso país, se unem para preservar o fundamental, o nosso património comum, o chão que nos permite viver em liberdade e em segurança, que permite a convivência digna entre seres humanos, a realização plena do ser humano e de todo o ser humano", concretizou.

António José Seguro afirmou que "todos os democratas são bem-vindos", e que para si "não há portugueses bons e portugueses maus, portugueses de primeira ou de segunda".

"Somos um só povo, uma só nação, um só Portugal, plural e inclusivo, respeitador das liberdades de cada um e solidário nas nossas necessidades comuns", disse.

E acrescentou que a sua é "a candidatura das mulheres e dos homens progressistas que pugnam por um país justo e de excelência".

"Onde o progresso económico anda de mãos dadas com a justiça social, um país que aposta na igualdade de oportunidades para evitar que nascer pobre seja uma sentença, um país onde o futuro não emigra, um país onde a política não se encontra separada da ética, nem a ética separada da política. Onde a cultura e o ambiente são eixos estruturantes das políticas públicas, em que a democracia não é só eleições e tem uma dimensão social com soluções que promovem a coesão, proteção e elevadores sociais", indicou.

António José Seguro defendeu também que não precisa de "aprender no cargo", pois chega preparado, querendo mudar e não "ser mais do mesmo".

"Os portugueses conhecem-me, sabem quem sou e de onde venho. Assumo por inteiro e com orgulho o meu percurso e todo o meu passado, transparente e cristalino", disse.

O candidato referiu que conhece o sistema político e lutou "pela sua renovação e pelo seu sentido ético", dando como exemplos a introdução dos debates quinzenais com o primeiro-ministro no parlamento, ou quando votou contra a lei do financiamento dos partidos políticos.

O antigo secretário-geral socialista comprometeu-se a ser o Presidente "íntegro, com uma dimensão ética à prova de bala, com valores e princípios, que acredite no diálogo para unir e promover compromissos entre os atores políticos, e não desista da esperança na paz na Europa, em Gaza e no mundo".

"Serei esse Presidente, serei o vosso Presidente, um Presidente que fala verdade, ouve com humildade, decide com coragem", indicou, referindo que conta "com todos, com quem votou e com quem se cansou de votar, com quem acredita e com quem duvida".

No discurso, de pouco mais de meia hora, o candidato assumiu sete compromissos fundamentais com a justiça social e os direitos humanos, a defesa da democracia e do Estado de Direito, diálogo e concertação política, valorização da cultura, da ciência e da educação, compromisso com a sociedade internacional e o os direitos dos povos, “pugnando pela paz na Europa e em Gaza”, políticas de valorização do trabalho e a participação de Portugal no centro da integração política Europeia.

Antes do discurso, António José Seguro foi introduzido por um ator que encarnou o artista local Rafael Bordallo Pinheiro. No final, foi tocado o hino nacional.

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