SOS Racismo condena agressões por grupo de extrema-direita e pede ação do Governo

SOS Racismo condena agressões por grupo de extrema-direita e pede ação do Governo
| País
Porto Canal/Agências

O movimento SOS Racismo condenou esta quarta-feira as agressões por um grupo da extrema-direita, que aconteceram terça-feira, junto ao teatro A Barraca, em Lisboa, e apelou à intervenção do Governo contra atos de violência racista, xenófoba e homofóbica.

Em comunicado enviado esta quarta-feira às redações, a associação disse estar “ao lado das pessoas que sofrem na pele a violência de grupos organizados de extrema-direita, sobretudo imigrantes e pessoas racializadas” e pediu aos responsáveis políticos - Governo, Presidente da República e presidente da Assembleia da República - que condenem agressões e discurso de ódio motivado pelo preconceito e que tomem medidas.

Ao Ministério da Administração Interna, o SOS Racismo solicitou uma intervenção rápida, “garantindo a proteção policial necessária para salvaguardar as pessoas” e, ao Ministério Público, o coletivo pediu rápida detenção dos autores das agressões e um julgamento célere.

No mesmo comunicado, o SOS Racismo considera ainda que “a inoperância do Governo é assustadora” em relação ao caso da eliminação de um capítulo do Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) 2024, que continha informação sobre a presença de grupos de extrema-direita em Portugal.

Um ator da companhia de teatro A Barraca foi agredido na noite de terça-feira por um grupo de extrema-direita, em Lisboa, quando entrava para um espetáculo com entrada livre em homenagem a Camões, disse a diretora da companhia, Maria do Céu Guerra.

Em declarações à Lusa, a também atriz Maria do Céu Guerra contou que foi por volta das 20h00, estavam os atores a chegar ao Cinearte, no Largo de Santos, quando se cruzaram à porta “com um grupo de neonazis com cartazes, programas”, com várias frases xenófobas, que começaram por provocar uma das atrizes.

“Entretanto, os outros atores estavam a chegar. Dois foram provocados e um terceiro foi agredido violentamente, ficou com um olho ferido, um grande corte na cara”, afirmou a também encenadora, de 82 anos, que disse que o ator em causa teve de receber tratamento hospitalar.

Fonte da PSP adiantou à Lusa que, com as características do eventual suspeito fornecidas pelo ofendido e por um seu amigo, foram feitas várias diligências nas ruas adjacentes ao Largo de Santos, tendo sido possível localizar um homem com 20 anos, suspeito de ser o autor da agressão, adiantou a mesma fonte.

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