Suspeito de atear seis fogos em Vale de Cambra fica em silêncio no julgamento

Suspeito de atear seis fogos em Vale de Cambra fica em silêncio no julgamento
Foto: Oficiais de justiça
| Norte
Porto Canal/ Agências

Um homem, de 39 anos, acusado de ter ateado seis incêndios florestais em 2024, em Vale de Cambra, no distrito de Aveiro, remeteu-se esta terça-feira ao silêncio no início do julgamento no Tribunal da Feira.

Perante o coletivo de juízes, o arguido, que se encontra em prisão preventiva, limitou-se a responder às questões obrigatórias relacionadas com a sua identificação, optando por não falar sobre os factos que lhe são imputados.

Nesta sessão, o coletivo de juízes ouviu o comandante dos Bombeiros de Vale de Cambra, Vítor Machado, que disse que o fogo esteve próximo de habitações, adiantando que já no ano anterior tinham ocorrido bastantes ignições nesta zona.

O comandante referiu ainda que algumas ignições foram dominadas na parte inicial, mas uma delas demorou mais tempo a dominar, tendo sido necessário ativar um meio aéreo.

Foi também ouvido o inspetor da Polícia Judiciária (PJ) que coordenou o inquérito a dois incêndios ocorridos em 11 e 26 de maio de 2024, em Macieira de Cambra, que disse que o arguido foi identificado através das câmaras de videovigilância que existiam no local.

A testemunha referiu ainda que o arguido acabou por confessar os factos quando foi interrogado. "Ele confessou uma data de incêndios, muito deles que desconhecíamos e que nem nos tinham sido comunicados", afirmou.

O arguido, um trabalhador da construção civil residente em Vale de Cambra, foi detido em junho de 2024, pela PJ com a colaboração do Grupo de Trabalho para a Redução de Ignições em Espaço Rural – Zona Norte, formado por equipas multidisciplinares das autoridades policiais e da natureza.

Aquando da detenção, a PJ referiu que o detido estava fortemente indiciado da autoria de sete crimes de incêndio florestal, cometidos na localidade de Macieira de Cambra, Vale de Cambra, em abril e maio de 2024.

“Os incêndios terão sido provocados com recurso a chama direta, sem que o arguido aponte uma motivação específica”, referiu a PJ, adiantando que estes incêndios colocaram em perigo uma mancha florestal significativa, bem como habitações e unidades fabris existentes na zona.

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