André Villas-Boas: “Vamos investir na renovação da equipa”

Porto Canal
O FC Porto é “um gigante do futebol europeu” que “neste momento passa por um momento de transição profunda” e que “vai ter de se renovar”. Em entrevista publicada esta quarta-feira no Jornal de Notícias e no diário desportivo O JOGO, André Villas-Boas revela existir “uma definição clara do perfil dos jogadores que interessam e cabe agora à direção desportiva satisfazer o treinador” para “dar outra imagem” à massa associativa e “construir um plantel que dê garantias de sucesso na próxima época”.
Preparado para “abordar o mercado de outra forma”, agora que o clube se encontra “numa posição muito vantajosa” depois de duas janelas de transferências com vendas avultadas, o presidente define a luta pelo título como “uma obrigação” e dá voz à ambição de todos os portistas: “Nunca construímos plantéis para sermos terceiros”.
“Batalhar num mercado é sempre difícil e fazê-lo com as condicionantes que tínhamos foi um milagre, mas agora temos margem de discutir de outra forma com os clubes e com os jogadores referenciados. Iremos construir um plantel que nos dê garantias de êxito”, reforça o dirigente apostado em “tranquilizar os adeptos” e em impor “o espírito à FC Porto que faltou muitas vezes esta época”. “Não é impossível haver uma equipa reforçada para o Mundial de Clubes”, acrescenta.
André Villas-Boas sabe que para lutar por troféus é preciso “manter a qualidade” e que “Diogo Costa é uma peça fundamental”, pelo que o objetivo passa por manter o capitão e “aumentar a cláusula de rescisão” de Rodrigo Mora, um prodígio “que se tem mantido sério, concentrado e com muito FC Porto à mistura”.
Depois de explicar que “a venda do Nico González era inevitável” pelos valores envolvidos e pela possibilidade de “o perder por 30 milhões para o Barcelona”, o presidente do FC Porto previu “ter o Pedido de Informação Prévia aprovado até ao final do mês” para “proceder à compra do terreno” em Vila Nova de Gaia onde irá nascer o Centro de Alto Rendimento, uma obra que ficará concluída após “dois anos de construção” e que o clube já consegue financiar “sem ter que recorrer a um investidor”.
Questionado sobre o atual panorama desportivo, afirmou que “faltam imensas modalidades femininas” e que o atletismo e o futsal continuam entre as prioridades de uma Direção decidida a “construir um pavilhão no centro da cidade” com o contributo “inexcedível” da Câmara Municipal. “Isso facilitaria a mobilidade dos atletas”, explica o dirigente confiante de que “até setembro ou outubro poderá ser encontrada a solução” e certo de que o cenário ideal “é que fique perto das piscinas de Campanhã”: “Quanto mais próximo do Dragão, melhor.”