Câmara do Porto quer expropriar prédio em ruínas junto à ponte Luís I para arrendamento acessível

João Nogueira
O prédio de cinco pisos na Avenida de Vímara Peres chama a atenção por estar em ruínas e pela obra de arte urbana de Frederico Draw, conhecida por “An.fi.tri.ão”. Mas tudo indica que aquele edifício que dá de caras com a Ponte Luís I venha a ser reabilitado e sirva para o mercado de arrendamento acessível. Pelo menos, é esse o objetivo da Câmara do Porto que, esta segunda-feira, vota a expropriação daquele edificado e que é avaliada em 210 mil euros.
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O imóvel faz parte da Área de Reabilitação Urbana (ARU) do Centro Histórico, onde cerca de 34% dos edifícios estão em mau estado de conservação. A reabilitação do prédio será feita ao lado de outro imóvel municipal também em degradação. A proposta vai a discussão na reunião de executivo municipal esta segunda-feira.
A vistoria ao prédio, realizada em abril de 2023, revelou várias falhas de segurança. A porta do rés-do-chão estava danificada, permitindo o acesso de estranhos ao interior. Em maio, uma nova inspeção constatou que parte da fachada estava a cair, o que aumentava o risco para a segurança pública. Após várias tentativas de contactar os proprietários sem sucesso, a Câmara decidiu avançar com a expropriação.
O prédio será requalificado, com as caves e o rés-do-chão destinados a atividades comerciais, e os andares superiores a habitação. O objetivo é transformar a área, que atualmente está degradada, criando um espaço de socialização e oferecendo uma esplanada com vista para o Centro Histórico do Porto.