Martín Anselmi: “Temos de ganhar ao rival e a nós próprios, pois temos o desafio de sermos melhores”

Porto Canal
Depois de dois jogos consecutivos fora de casa, em Arouca e Braga, o FC Porto está de regresso ao Estádio do Dragão na 26.ª jornada da Liga, que reserva uma receção ao AFS (sábado, 18h00, Sport TV). Sublinhando que “é importante voltar a jogar em casa”, Martín Anselmi falou de um adversário “com uma dinâmica diferente depois da mudança de treinador”, mas só a vitória interessa e o treinador conta com o apoio dos adeptos: “Precisamos dos nossos adeptos e sabemos que precisamos de os conquistar”. À entrada para esta ronda, o FC Porto é terceiro classificado, com 50 pontos, menos nove do que o líder Sporting, enquanto o AFS segue na 16.ª posição, com 23.
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O regresso ao Dragão
“É bom regressarmos a casa, quantas mais vezes jogarmos em casa, melhor. É importante voltar a jogar em casa, vamos defrontar um adversário com uma dinâmica diferente depois da mudança de treinador, controla bem a bola, é forte nas bolas paradas e nas transições, tem jogadores rápidos nas alas. É um adversário difícil que temos de respeitar muito. Temos de procurar jogar no meio-campo ofensivo o máximo de tempo possível.”
Momentos não são jogos
“Ao longo dos últimos nove jogos, a equipa teve momentos em que se aproximou do que queremos, mas não teve um jogo completo e que possamos dizer “é isto que queremos”. Em alguns momentos estamos bem na parte defensiva, noutros na parte ofensiva, mas não gostei, por exemplo, da forma como defendemos na primeira parte do jogo com o Arouca. Na segunda parte defendemos bem, tal como no jogo com o SC Braga, no qual permitimos muito pouco ao adversário. A expetativa de golo contra nós tem baixado, mas não me agrada a forma como temos atacado. Não atacámos bem nesse jogo e temos de melhorar. Melhorámos defensivamente, mas temos de continuar a crescer e parece-me que a parte ofensiva está em défice. Em alguns momentos, já fomos o FC Porto que queremos ver, mas são momentos, não são jogos, e é nisso que temos trabalhado. Temos de ir a fundo nas matrizes do nosso conceito de jogo. O FC Porto tem sempre dois adversários, o rival e o próprio FC Porto. Temos de ganhar ao rival e a nós próprios, pois temos o desafio de sermos melhores.”
As reações e manifestações dos adeptos
“Tenho claro o clube que represento, o trabalho que fazemos enquanto equipa técnica e acredito muito nos nossos jogadores, naquilo que somos capazes de fazer. Sabemos no que estamos a falhar e no que temos de melhorar, sabemos o que estamos a fazer bem e que precisamos dos adeptos. Já fui adepto e o adepto é como a namorada mais difícil, não te enche de amor só porque sim. Há que conquistá-la. Precisamos dos nossos adeptos e sabemos que precisamos de os conquistar.”
O ataque
“Remates à baliza não são um dado, mas sim o perigo que esses remates geram. Aí sim, temos criado pouco perigo, temos de melhorar e estamos a trabalhar para isso. O sistema de jogo não é o modelo de jogo, para mim são coisas diferentes. O sistema é a disposição dos jogadores e como fazemos as coisas, o modelo é o que fazemos. Ainda nos falta saber controlar o jogo através da bola, temos de saber ter mais a bola.”
O treino e o jogo
“Treinar não é o mesmo que jogar. Durante a semana vemos coisas boas nos treinos e vemos coisas a melhorar, mas temos de transportar isso para os jogos. Este fim de semana, acredito que os meus jogadores vão fazer isso, acredito neles. Para se melhorar em algo, temos de ser corajosos para assumirmos que temos de melhorar e temos de ter a humildade para assumir que não estamos a fazer algo bem feito. É mais fácil arranjar desculpas do que se ter a coragem de assumir que se tem de melhorar. Estou convencido de que vamos fazer bem as coisas neste jogo.”
As contas do campeonato
“Vamos competir do primeiro ao último jogo, vamos fazer por sermos melhores em cada um dos nove jogos que faltam.”