Braga dá um milhão de euros à UMinho para recuperar Castelo e criar escola de negócios

Porto Canal/ Agências
A Câmara de Braga aprovou esta segunda-feira, por unanimidade, a atribuição de um apoio extraordinário à Universidade do Minho para reabilitação do Edifício do Castelo, onde será instalada uma “escola de negócios”.
Segundo o município, o investimento total estimado para a intervenção é de cerca de nove milhões de euros.
O apoio municipal de um milhão de euros será repartido por 2025 (100 mil euros), 2026 (400 mil) e 2027 (500 mil).
“A execução deste projeto trará benefícios significativos, já que à vertente da valorização do património histórico e cultural, transformando o edifício num equipamento moderno e tecnologicamente avançado, capaz de responder às necessidades do século XXI , soma-se a dinamização económica e educativa”, refere a câmara, em comunicado.
Sublinha que a UMinhoExec – Executive Business Education a instalar no Castelo assumirá “um papel estratégico como centro de inovação e qualificação, atraindo talento, empresas, eventos de impacto nacional e internacional e promovendo o crescimento sustentável da cidade”.
“Com salas híbridas de formação, laboratórios tecnológicos, espaços de inovação para empresas e auditórios multifuncionais, o edifício do Castelo será um espaço dinâmico e interativo, promovendo a inovação e o desenvolvimento de competências estratégicas”, acrescenta.
Para além do apoio do município, para viabilizar esta intervenção a Universidade do Minho mobilizou um valor superior a 2,3 milhões de euros em capitais próprios e submeteu uma candidatura ao programa Norte2030, com um pedido de financiamento no valor de 5,5 milhões de euros.
Em resposta à oposição, que questionou por que é que a câmara não adquiriu o edifício, Rio esclareceu que a Universidade do Minho nunca teve vontade de o alienar.
“Nunca poderíamos comprar algo que a universidade não queria vender", referiu.
Adiantou que o município “foi acompanhando” várias propostas de entidades privadas para aquisição do Castelo para diversos fins, como comerciais, hoteleiros e residenciais.
Para a câmara, o projeto da escola de negócios “representa um marco estratégico para a cidade, potenciando o desenvolvimento de um ecossistema empreendedor e a criação de postos de trabalho de elevado valor acrescentado”.
“A concretização do projeto constitui, assim, uma mais-valia para o desenvolvimento educativo, científico, cultural, social e económico do concelho, sendo uma exigência de interesse público”, sustenta.