Câmara do Porto teve défice de 5,2 milhões de euros com descentralização na educação em 2024

Câmara do Porto teve défice de 5,2 milhões de euros com descentralização na educação em 2024
| Porto
Porto Canal/ Agências

O vereador com o pelouro da Educação da Câmara do Porto afirmou que a descentralização de competências na área da educação culminou, em 2024, num défice de 5,2 milhões de euros para o município.

“O défice referente a 2024 é na ordem dos 5,2 milhões de euros. O principal défice é na verba destinada ao pessoal não docente”, afirmou Fernando Paulo, durante a Assembleia Municipal do Porto, que decorreu na segunda-feira à noite.

Numa sessão dedicada a discutir a educação no Porto, a pedido do grupo municipal da CDU, o vereador adiantou que, apesar da Direção-Geral das Autarquias Locais (DGAL) considerar a verba de 13,8 milhões de euros para o pessoal não docente, o município gastou 16,2 milhões de euros.

Nas despesas com o pessoal não docente foi contabilizado um défice de 2,3 milhões de euros, a que se somam 2,9 milhões de euros nas restantes despesas em que o município passou a ter competências.

“É uma mais-valia uma tutela única e de proximidade. Conseguimos fazer melhor, mas naturalmente que com este défice o município não pode fazer mais”, assinalou.

Também o vice-presidente da Câmara do Porto, que na sessão substituiu o presidente, salientou que o processo de descentralização tornou “visível o desinvestimento e a forma como o Estado tratava as suas escolas, crianças e jovens”.

“O Porto investiu 75 milhões de euros na ultima década. Sabem quanto é que o Estado investiu, à parte do [Agrupamento de Escolas] Alexandre Herculano? O Estado investiu zero”, referiu Filipe Araújo, destacando a necessidade de o Governo repor as verbas devidas ao município.

Na sessão foram apresentadas 10 recomendações, algumas das quais com propostas para problemas que surgiram no âmbito da descentralização de competências.

A proposta do PS, que recomenda ao Governo a revisão da portaria que determina a fórmula de cálculo da dotação máxima de referência para afetação do pessoal não docente nas escolas, foi aprovada por unanimidade.

Também a proposta da CDU para que o Governo avance com a revisão da portaria que determina o rácio de distribuição de assistentes operacionais, foi aprovada por maioria.

A par da revisão das portarias propostas pelo PS e CDU, foi também aprovada, por maioria, a recomendação do BE que insta o Governo a ajustar os valores das transferências às “reais necessidades da comunidade escolar”, nomeadamente no valor das refeições, manutenção das escolas e verbas com o pessoal não docente.

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