Câmara da Régua abre concurso para reconstruir muro e reabrir avenida por 6,9 milhões de euros
Porto Canal/ Agências
A Câmara da Régua abriu o concurso público internacional, por um preço base de 6,9 milhões de euros, para a reconstrução do muro de suporte que permitirá reabrir o troço da Avenida do Douro fechado desde março.
O anúncio foi publicado esta segunda-feira em Diário da Republica (DR) e os interessados podem apresentar propostas até ao dia 07 de fevereiro, sendo que, depois, o prazo de execução do contrato é de 18 meses.
Uma derrocada do muro de suporte, junto ao rio Douro, levou ao corte a 05 de março de um troço da Avenida do Douro, a principal via de ligação do Peso da Régua a Mesão Frio e, depois, à Autoestrada 4 (A4), em Amarante.
No início de janeiro a ministra do Ambiente esteve a visitar o local, tendo-se mostrado impressionada com a dimensão da derrocada e anunciado um financiamento de 7,3 milhões de euros, do Fundo Ambiental, para esta intervenção.
A avaliação às causas da derrocada foi feita por diferentes entidades, públicas (Agência Portuguesa do Ambiente) e privadas, e concluiu que teve a ver com a erosão da margem e a cedência da base do muro que provocou o deslizamento. É no troço em causa que o rio Douro mais se aproxima da via.
O presidente da Câmara da Régua, José Manuel Gonçalves, já explicou que naquela zona do rio há “uma corrente permanente” e salientou que a navegabilidade do Douro por um lado “traz gente e melhora a economia”, mas, por outro lado, “também ajudou à erosão que aconteceu neste ponto”.
A via foi construída há cerca de 30 anos e está assente em aterro, e tem, no troço em causa, habitações próximas.
Devido à derrocada, o município procedeu ao corte de trânsito nos dois sentidos da Avenida do Douro, entre a Rotunda do Marquês e o entroncamento com a Rua Augusto Vieira, num troço da Estrada Nacional (EN) 108.
Esta rua estreita serve agora como alternativa para os veículos ligeiros, enquanto os pesados estão a ser desviados, nomeadamente para as autoestradas A24 e A4.