Aterro de Sermonde em Gaia encerra definitivamente no final do ano
Porto Canal/ Agências
O aterro sanitário de Sermonde, em Vila Nova de Gaia, vai encerrar no final deste ano e no local nascerá um parque para usufruto da população, foi esta sexta-feira anunciado pela empresa Suldouro.
“É o nosso compromisso antes do final do ano ter este aterro definitivamente encerrado e selado”, disse o presidente do Conselho de Administração da Suldouro, Miguel Lisboa, que acompanhou o secretário de estado do Ambiente, Emídio Sousa, numa visita ao local.
Segundo o responsável, “este processo de selagem do aterro teve duas fases, a primeira foi o seu encerramento técnico e a segunda é relativa aos trabalhos finais de selagem, que ficarão concluídos no final do ano”.
Para a execução desta obra final, que já está a decorrer, foi feita uma consulta pública em dezembro e o consórcio vencedor terá, então, 365 dias para concluir os trabalhos, orçados em 4,5 milhões de euros.
“A partir daí é que será possível pensar, conjuntamente com o município, na integração dos terrenos num projeto de atividades lúdicas, parques temáticos, zonas de lazer, que possam ser potenciados aqui nesta unidade”, acrescentou.
Este aterro sanitário que serviu durante 22 anos os concelhos de Vila Nova de Gaia e Santa Maria da Feira, com cerca de 440 mil habitantes, atingiu a sua capacidade máxima em junho de 2021.
O seu encerramento chegou a estar previsto para 2017, e posteriormente para 2024, mas foi adiado para o final deste ano devido a “alterações significativas na morfologia do aterro – constituído por uma massa de resíduos em constante biodegradação – que demonstrou ser necessário efetuar um novo levantamento topográfico do qual resultou um novo mapa de quantidades, que implica um período maior para a execução de algumas das atividades, face ao inicialmente previsto”.
A etapa seguinte consiste no encerramento e integração paisagística do aterro, nomeadamente na colocação das terras de cobertura sobre manta geotêxtil, execução do sistema de drenagem das águas pluviais e sementeira.
A fase final consiste na construção das infraestruturas de apoio, nomeadamente vias de acesso e parque de estacionamento.
O presidente da Câmara de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, vê com “bons olhos” a construção no local de um parque de lazer “num modelo de parque da cidade, com múltiplos potenciais [botânico, desportivo, equipamentos e parques infantis]”, bem como a instalação de uma unidade de incubação e criação de emprego, de um centro de dia e apoio domiciliário, mas com uma componente de centro de atividades lúdicas para crianças.
Na cerimónia desta sexta-feira, o autarca socialista apelou à “cooperação do Governo no financiamento deste projeto multidisciplinar arrojado”.