Matosinhos vai construir centro de reutilização de mobiliário para posterior doação
Porto Canal / Agências
A Câmara Municipal de Matosinhos aprovou esta quarta-feira a construção de um centro de reutilização de mobiliário, brinquedos, têxteis ou equipamentos eletrónicos para depois doar a famílias carenciadas.
A conceção e construção do RECIRCULAR - Laboratório para a Prevenção e Economia Circular, num investimento de 759 mil euros, deverá arrancar em meados de fevereiro e estar concluído em cinco meses, segundo a proposta aprovada esta quarta-feira em reunião do executivo municipal e a que a Lusa teve acesso.
O objetivo deste laboratório é reutilizar diferentes materiais, nomeadamente equipamentos elétricos e eletrónicos, mobiliário, brinquedos e têxteis provenientes dos ecocentros móveis instalados pelo concelho, no distrito do Porto, frisou.
Após a sua recuperação, estes serão doados às famílias mais carenciadas, através da Rede Social.
Este centro pretende aumentar a resposta social e reduzir a produção de resíduos e consumo de recursos, explicou a autarquia.
Além disso, acrescentou, quer dinamizar o empreendedorismo, a criação de emprego e a promoção de um consumo sustentável.
Integrado no Plano de Ação das Operações Integradas do Território de Intervenção (PAOITI), os trabalhadores do RECIRCULAR serão pessoas desfavorecidas que vão adquirir novas competências nas áreas da reutilização e recuperação, sublinhou.
Além da deposição dos têxteis, colchões e mobiliário poder ser feita nos ecocentros, a câmara disponibiliza ainda um serviço de recolha gratuita ao domicílio que permite aos munícipes, através de uma chamada gratuita, agendar a recolha destes resíduos na sua habitação.
Neste âmbito, a autarquia recolheu e encaminhou, em 2023, mais de 1.151 toneladas de colchões e mobiliário.
Relativamente aos têxteis, a autarquia tem uma rede instalada de 137 equipamentos (roupões) em todo o concelho que permitiu, de janeiro a setembro de 2024, recolher aproximadamente 469 toneladas de têxteis.
“Atualmente, cerca de 50% dos têxteis depositados nos roupões já vão, no caso de Matosinhos, para reutilização”, especificou.
A autarquia revelou que nos roupões 75% são roupas, 10% calçado, 4% brinquedos e 11% outros materiais como, por exemplo, livros.
Já no que respeita os pequenos resíduos perigosos domésticos, a autarquia disponibiliza, desde março de 2021, dois ecocentros móveis que complementam a rede dos quatro ecocentros.
Os dois ecocentros móveis circulam, semanalmente, pelas freguesias de Matosinhos e permitem a entrega de embalagens contaminadas, lâmpadas, equipamentos elétricos e eletrónicos, CD’s, DVD’s, pilhas, tinteiros e rolhas de cortiça.
Posteriormente, estes resíduos são encaminhados para a Lipor e, depois, para empresas especializadas na sua reciclagem.