Presidente da junta da cidade de Amarante é candidato do PS à Câmara nas Autárquicas
Porto Canal / Agências
O presidente da junta da cidade de Amarante, Américo Paulo Ribeiro, disse esta quinta-feira à Lusa que vai ser o candidato do PS à câmara municipal, com políticas de emprego e habitação para acabar com perda de população.
“Isto é um problema preocupante que tem de ter uma solução que passa por vários vetores, começando pelo emprego”, defende o candidato, contabilista, de 59 anos.
Para Américo Paulo Ribeiro, só atraindo mais empresas, para criar trabalho, e mais casas para a população é que vai ser possível evitar que as pessoas continuem a deixar um concelho que perdeu cerca de 4.000 habitantes numa década.
“Se tivéssemos emprego para toda a agente, as pessoas não iam embora”, alertou, defendendo ser preciso reduzir o tempo de espera no licenciamento urbano e das empresas.
“Amarante tem de ser mais atrativo para atrair empresas. Faltam infraestruturas, quando há concelhos vizinhos, como Lousada, mais avançados nesse domínio”, anotou.
Autarca de freguesias socialistas desde 1997, primeiro em Cepelos e desde 2021 na cidade, também pelo PS, liderando uma junta que representa mais de 11 mil eleitores, disse à Lusa que o seu percurso tem permitido "acumular muita experiência".
“Ser presidente na cidade deu-me experiência, visibilidade e conhecimento das populações, detetando muitos problemas que as afligem. Entendi que estava preparadíssimo para assumir um desafio desta natureza e disponibilizei-me junto do meu partido”, referiu, explicando a candidatura à câmara.
No seu projeto para Amarante, Américo Paulo Ribeiro preconiza mais verbas para as juntas poderem realizar obras, “em função da sua dimensão e necessidades”, reforçando assim a sua autonomia em relação à câmara.
“As juntas fazem mais e melhor, com menos dinheiro”, reforçou.
Na área dos transportes, promete que, se for eleito, será “firme” junto da tutela na reivindicação de reabertura da linha ferroviária do Tâmega, com ligação ao Porto através de comboios suburbanos.
“Trata-se de uma infraestrutura prioritária e estratégica para Amarante”, acentuou.
Anotou, também, a urgência de se avançar com um plano de recuperação das vias municipais, que, lamentou, “estão degradadas em todo o concelho”.
Para o candidato, o atual projeto de requalificação da Alameda Teixeira de Pascoaes defendido pela gestão camarária do PSD/CDS, não é prioritário, anunciando que consigo como presidente do município será mais premente resolver a questão do estacionamento no centro da cidade, para não criar mais dificuldades ao comércio tradicional.
Na área da educação, o candidato defende a necessidade de acelerar a recuperação do parque escolar.
Já no domínio de cultura, preconiza que o museu Amadeo de Souza-Cardoso deve ser ampliado e mais valorizado, ocupando a área atualmente afeta aos serviços do município, que teriam de transitar para uma nova zona no âmbito de um projeto de ampliação dos paços do concelho.
A Câmara de Amarante é liderada há três mandatos por uma coligação PSD/CDS, mas é o PS, oposição no executivo municipal, que lidera as duas maiores juntas de freguesia do concelho: Amarante e Vila Meã.