CCDR-Norte destina 17ME de financiamento para património cultural e museológico

CCDR-Norte destina 17ME de financiamento para património cultural e museológico
| Norte
Porto Canal/Agências

A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-Norte) lançou cinco linhas de financiamento que, no valor de 17 milhões de euros, pretendem responder a "carências e oportunidades estruturais" do património cultural e museológico, foi revelado.

O aviso para a apresentação de candidaturas foi publicado a 27 de dezembro de 2024 e a submissão decorre até 31 de março.

No total, as cinco linhas de financiamento contemplam 17 milhões de euros, mas "deverão gerar um investimento global de 25 milhões de euros nas prioridades abrangidas", destacou esta quinta-feira o vice-presidente para a Cultura e Património da CCDR-Norte, Jorge Sobrado, para quem o financiamento é "o reconhecimento da relevância e da diversidade patrimonial e cultural do Norte".

"O Norte é a região portuguesa culturalmente mais diversa e densa, e o facto de ser a única que dispõe de um plano de ação regional específico para a cultura confirma a importância que a CCDR-Norte e a região atribuem à sua identidade e tecido culturais", assinalou.

Entre as cinco linhas de financiamento, aquela que contempla maior dotação, de 10 milhões de euros, diz respeito à rede regional de museus de identidade territorial e pretende apoiar operações que promovam a capacitação de serviços dedicados à preservação e valorização de coleções, incentivar a organização e modernização de uma rede museológica e promover a integração de tecnologias digitais na divulgação e mediação de património.

"O Norte tem um tecido museológico extenso, diverso e de enorme capilaridade geográfica. Oficialmente, são 109 museus, mas sabemos que são mais e muitos deles assumem uma importante vocação territorial", salientou Jorge Sobrado, acrescentando que a CCDR-Norte tenciona qualificar e dotar os museus do território, sobretudo os de menores dimensões, de "boas condições de visitação, mediação cultural e salvaguarda das suas coleções".

Outra das linhas de financiamento contempla três milhões de euros e destina-se a apoiar operações de programação e promoção cultural das "Rotas do Norte", e outra, dois milhões de euros para apoiar a digitalização do património cultural móvel incorporado em instituições museológicas e bibliotecas públicas municipais.

"Estão inventariados quase três milhões de bens patrimoniais em museus da região e a presença 'online' é muito modesta", destacou.

Já quanto às rotas do Património Cultural do Norte, Jorge Sobrado afirmou que o financiamento permitirá ativar duas rotas, nomeadamente a rota Escritores a Norte e Órgãos a Norte.

"O Norte é uma grande região de literatura portuguesa e é, por outro lado, uma das grandes regiões europeias de órgãos históricos", referiu, destacando a importância da iniciativa, sobretudo num ano em que se celebra o bicentenário de nascimento de Camilo Castelo Branco.

A CCDR-Norte lançou ainda um aviso, de um milhão de euros, para apoiar operações que salvaguardem e valorizem o património cultural imaterial da região Norte, e outro, também de um milhão de euros, para apoiar a certificação e valorização social e económica das produções artesanais tradicionais.

"Em Portugal, quase um terço dos artesãos vivem e trabalham no Norte, sendo também a região mais relevante do ponto de vista de produções certificadas", assinalou, lembrando que o artesanato "não dispunha de um instrumento de apoio específico dos fundos regionais há cerca de 20 anos".

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