Barreto Xavier elogia Manoel de Oliveira na estreia de "O velho do Restelo" em Veneza

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Porto Canal / Agências

Lisboa, 01 set (Lusa) - O secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier, elogiou hoje "a dedicação e paixão de Manoel de Oliveira pelo cinema", a propósito da estreia do novo filme do cineasta no Festival de Veneza.

"A importância da sua obra, seminal para a cinematografia portuguesa e referencial na História do cinema, tem, na sua extraordinária longevidade e consistência, um sinal maior de uma vida artística e de cidadania que todos reconhecemos como expressão distintiva da presença portuguesa no Século XX e XXI", escreveu Barreto Xavier num comunicado hoje divulgado.

O novo filme de Manoel de Oliveira, "O velho do Restelo", foi apresentado hoje à imprensa, no Festival Internacional de Veneza, e tem exibição oficial marcada para terça-feira, fora de competição, na Sala Grande, com o título internacional "The old man of Belem".

"'O velho do Restelo' é um bom exemplo da colaboração entre Portugal e França, fortalecida com a assinatura, em abril, de um Acordo entre o Instituto do Cinema e Audiovisual e o Centre National du Cinéma et de L´Image Animée", para "a criação de um Fundo Bilateral de apoio à coprodução de obras cinematográficas", acrescentou Barreto Xavier.

De acordo com o secretário de Estado, a criação deste fundo "está a ser articulada entre os dois organismos".

A rodagem de "O velho do Restelo" realizou-se na primeira quinzena do passado mês de abril, depois de vários meses de espera por financiamento.

Conforme a produtora O Som e a Fúria avançou então à agência Lusa, a rodagem só foi possível com o "patrocínio do secretário de Estado da Cultura, que reconheceu o mérito cultural deste projeto", e com apoio da então ministra da Cultura e Comunicação de França, Aurélie Filippetti.

O projeto de "O velho do Restelo" estava pronto para a rodagem desde o final de 2013, altura em que o realizador completou 105 anos.

"Fazer este filme é como ganhar uma batalha: É difícil. A conjuntura económica trava e fragiliza a montagem financeira do filme", afirmou o realizador português, em entrevista aos Cahiers du Cinema, publicada em novembro de 2013.

Depois da estreia em Veneza, na terça-feira, o filme será apresentado nos festivais de Toronto, que decorre de 08 e 14 de setembro, e de Nova Iorque, que vai de 27 de setembro a 13 de outubro, anunciou hoje a produtora O Som e a Fúria.

Manoel de Oliveira - que recebeu um Leão de Ouro de carreira em Veneza, em 2004 - reúne, neste novo filme, várias personagens e escritores históricos, como Dom Quixote, o poeta Luís Vaz de Camões, o poeta Teixeira de Pascoaes e o romancista Camilo Castelo Branco.

A produtora, na apresentação da obra, define-a como "um mergulho livre e sem esperança na História tal qual a conhecemos, com um sedimento fértil na memória de Manoel de Oliveira".

MAG (AG/SS) // JPS

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