Portuenses saem à rua para a corrida cautelosa aos presentes de Natal

Portuenses saem à rua para a corrida cautelosa aos presentes de Natal
| Norte
Porto Canal

A poucos dias da véspera de Natal, na Rua de Santa Catarina, na Baixa do Porto, há ainda alguns portuenses com presentes de Natal para comprar. Admitem ter um certo travão no dinheiro a gastar, face ao aumento do poder de compra.

 
 
 
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Na Rua de Santa Catarina, no Porto, continua a procura pelas últimas prendas de Natal. Não se nota o ambiente frenético, habitual da época do ano, e a entrada nos estabelecimentos comerciais faz-se com mais cautela.

“Vejo menos pessoas, está um pouco mais fraco, também não há tanto poder de compra. Pondera-se o que é prioritário”, atirou ao Porto Canal Quitéria Domingos, acompanhada pelo marido, à saída de um shopping da cidade. A maioria dos portuenses entrevistados confirmou que prevê gastar mais do que no ano transato, devido ao aumento do custo de vida.

Em sequência, de forma a poupar mais dinheiro durante a quadra natalícia, a maior parte das pessoas consideram diminuir o número de presentes, optando por dar algo mais simbólico aos adultos e surpreender apenas os mais pequenos com os seus desejos. “As prendas são só para as crianças. Os adultos recebem um miminho mistério até aos 10 euros”, confessou outra portuense ao Porto Canal.

Interrogados sobre o os produtos que se colocam à mesa na noite da consoada, referem que, para já, estão a manter os mesmos pratos e tradições.

Compras de última hora

O grosso dos entrevistados confessou comprar antecipadamente os brindes, de forma a evitar a inflação dos preços e a enchente nos espaços comerciais. “Já fiz tudo o que tinha a fazer, nunca gosto de deixar para a última hora, normalmente planeio tudo com antecedência, prefiro usufruir do espírito natalício e não estar preocupada com o que falta”, voltou a comentar Quitéria Domingos.

Presentes só à meia-noite

As opiniões dividem-se relativamente à altura preferencial para a troca de prendas. Há quem cumpra a tradição e aguarda pelas 12 badaladas e ainda existem aqueles que, por força do entusiasmo das crianças, abrem os sacos logo após a consoada. “Eu tenho dois filhos e é muito difícil, não conseguimos esperar pela meia-noite”, admitiu uma portuense, enquanto passeia pela artéria da cidade, juntamente com as suas duas irmãs mais novas.

Questionados sobre o presente perfeito, quase em uníssono, os portuenses pediram saúde e paz, antecipando assim os votos para a viragem do ano.

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