Câmara de Ovar tem projeto superior a dois milhões para a nova esquadra da PSP
Porto Canal/Agências
A Câmara de Ovar já tem um projeto de arquitetura para a nova esquadra da PSP e aguarda o aval do Ministério da Administração Interna para lançar o concurso público, revela esta sexta-feira a autarquia do distrito de Aveiro.
Em causa está uma obra na ordem dos 2,1 milhões de euros, que, embora financeiramente suportada pela tutela, será coordenada pela autarquia, que não apenas assumiu o encargo do projeto, como também cedeu para o efeito um terreno de 1.360 metros quadrados entre a Rua Gomes Freire e a Travessa Adelino Amaro da Costa.
“Mais do que um edifício, a nova esquadra da PSP será um legado para o concelho, que terá então uma infraestrutura que coloca a nossa Polícia de Segurança Pública em melhores condições para servir e proteger a população”, declarou à Lusa o presidente da autarquia, Domingos Silva.
Para o autarca social-democrata, a Câmara “abraçou a responsabilidade de elaborar o projeto de execução e garantir a cedência do terreno” para demonstrar o seu “compromisso com a segurança e o bem-estar da comunidade” e assim ver cumprida uma ambição já antiga do território.
Domingos Silva realçou ainda que a cooperação institucional estabelecida para o efeito “demonstra como diferentes entidades podem unir esforços para beneficiar a população” e propõe-se agora “continuar a acompanhar de perto todas as fases do processo, garantindo que a infraestrutura será concluída com a qualidade que o concelho de Ovar merece".
Antes que possa ser objeto do concurso público para escolha do respetivo construtor, o projeto de arquitetura está condicionado a duas autorizações: primeiro, o parecer da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, e, depois, o aval do próprio Ministério da Administração Interna, que, confirmando o cabimento da despesa, celebrará então o contrato interadministrativo para arranque do procedimento concursal.
“A expectativa mais razoável aponta para o segundo trimestre de 2025” como data para arranque da obra, que, a partir dessa altura, terá um prazo de execução de 18 meses, disse.
Quanto à empreitada em si, prevê a demolição do imóvel existente no terreno da Rua Gomes Freire – aquele que em tempos acolheu os serviços municipalizados de água e saneamento – e a construção de um edifício de raiz com cave, rés do chão e primeiro andar.
A empreitada também contempla o arranjo de espaços exteriores e, no total, a área de construção será de 1.255 metros quadrados.
Domingos Silva notou que, atualmente, o edifício dos antigos serviços de água está desalinhado com a construção envolvente, mas adiantou que esse aspeto “será corrigido” pela nova intervenção, para garantir ao local um ordenamento urbanístico mais equilibrado.
Uma vez concluída a obra, a nova esquadra vai apresentar valências como ginásio com sala de musculação, balneários, sala de refeições e convívio, gabinetes de formação, arquivo e arrecadações para material apreendido, armas e achados, assim como zonas de dormida distintas consoante a hierarquia, dois espaços de detenção, um gabinete de audição e inquérito, e outro de apoio à vítima.