Orçamento total de 226 milhões de euros de Viana do Castelo aprovado com votos contra da oposição

Orçamento total de 226 milhões de euros de Viana do Castelo aprovado com votos contra da oposição
CM Viana do Castelo
| Norte
Porto Canal / Agências

A maioria PS no executivo de Viana do Castelo aprovou, esta terça-feira, o orçamento da Câmara e dos serviços municipalizados para 2025, de 226 milhões de euros, com os votos contra do PSD, CDS-PP e CDU.

Os trabalhos da reunião ordinária do executivo municipal ainda não tinham começado e os vereadores Paulo Vale (PSD), Hugo Meira (CDS-PP) e Cláudia Marinho (CDU) faziam antever o sentido de voto. Os três vereadores alegaram o incumprimento do estatuto da oposição pela entrega tardia e incompleta do Plano de Atividades e Orçamento (PAO) para o próximo ano, no valor de 215 milhões de euros.

A oposição criticou ainda a recusa, pelo presidente da câmara, Luís Nobre, em realizar uma reunião extraordinária para dar tempo à análise que “um documento desta importância” implica.

Já no período da ordem do dia, depois uma discussão política acesa do orçamento, o vereador do PSD disse que a entrega tardia do orçamento “é recorrente” e impede a oposição de uma apreciação “transparente e construtiva”. Revelou ainda que vai enviar o último orçamento deste mandato para apreciação da secretaria de Estado da Administração Local e para o Tribunal de Contas. Já a CDU e CDS-PP remeteram para a Assembleia Municipal (onde o PS também tem maioria) de 13 de dezembro uma apreciação detalhada do documento.

O autarca Luís Nobre rejeitou as acusações da oposição, garantindo que “os vereadores tiveram acesso a toda a informação técnica do orçamento desde quinta-feira”.

“Houve diálogo com todos. Há mais de um mês que começaram as reuniões com a oposição para análise dos principais investimentos do orçamento. Cumprimos o estatuto da oposição”, assegurou.

O orçamento dos Serviços Municipalizados de Viana do Castelo (SMVC), superior a 11 milhões de euros, também foi aprovado com os votos contra da oposição.

Segundo a proposta socialista, apresentada por Luís Nobre, o PAO da autarquia para o próximo ano, no valor de 215 milhões “é superior, em 58 milhões de euros, ao do orçamento do ano em curso (157 milhões de euros)”.

Para o presidente da câmara, Luís Nobre, trata-se um orçamento “ambicioso, mas realista”, em que “dois terços do plano de atividades destinam-se a investimento”.

Segundo Luís Nobre, “o acréscimo de 58 milhões de euros no orçamento da autarquia para 2025 está relacionado com “diversos instrumentos financeiros europeus - Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e programa PT2030), fundamentais de desenvolvimento para o município”.

“Este ambicioso plano é uma resposta não apenas às atuais exigências sociais e económicas, mas também às incertezas globais que desafiam a estabilidade e o bem-estar da nossa comunidade. Só com os investimentos robustos estabelecidos para a educação, para a habitação e para o desenvolvimento económico, pilares fundamentais do desenvolvimento humano, conseguiremos construir um futuro resiliente e sustentável”, refere-se.

Foi ainda aprovada a taxa de IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis) para 2025. Mantém-se nos 0,35% para prédios urbanos e 0,8% para os rústicos.

A bonificação do IMI Familiar, com uma redução fixa do valor a pagar em 30, 70 ou 140 euros, para famílias com um, dois, três ou mais dependentes, para habitação própria e permanente.

A taxa de IMI para prédios urbanos pode variar entre os 0,3% e os 0,45%, cabendo aos municípios fixar o valor entre este intervalo.

O executivo municipal aprovou também o lançamento de uma derrama correspondente a 1,5% sobre o lucro tributável do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC), relativo ao ano de 2024, mantendo-se o valor de anos anteriores.

As áreas principais das Grandes Opções do Plano (GOP) para 2025 assentam na habitação e urbanização (com um investimento de 34,8 milhões de euros, um reforço de 6,4 milhões face a 2024), desenvolvimento económico (32,3 milhões de euros), educação (22,3 milhões de euros), ambiente e qualidade de vida (13,8 milhões), mobilidade e vias de comunicação (12,7 milhões de euros) e coesão territorial (9,1 milhões de euros).

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