Bloco de Esquerda condena atitude antidemocrática do presidente da Assembleia Municipal do Porto por expulsar cidadã

Bloco de Esquerda condena atitude antidemocrática do presidente da Assembleia Municipal do Porto por expulsar cidadã
| Norte
Porto Canal / Agências

O Bloco de Esqueda do Porto condenou esta sexta-feira a “atitude antidemocrática e atentatória da liberdade dos cidadãos” do presidente da Assembleia Municipal (AM) do Porto, Feyo de Azevedo que, na segunda-feira, “ordenou a expulsão de uma cidadã durante a última sessão do órgão”.

A cidadã, que abordou os ataques de que alegadamente os manifestantes pró-Palestina têm sido alvo na cidade, criticou a posição do município do Porto nesta matéria, o que não agradou a alguns deputados. Depois de solicitar que terminasse o seu discurso, e por não o fazer, o presidente da AM, Feyo de Azevedo, pediu à Polícia Municipal para retirar a cidadã da sala.

Em comunicado, a concelhia do Porto do BE entende que a situação reveste-se de “extrema gravidade”, explicando que os visados “procuravam alertar os poderes municipais para as intimidações, ameaças e atos de violência de que têm sido alvo na cidade, no contexto das suas manifestações pacíficas realizadas frente aos Paços do Concelho”.

“A resposta ao alerta e à falta de tomada de posição dos órgãos autárquicos nunca podia ter sido a censura e a expulsão da Casa da Democracia da cidade”, prossegue a publicação.

No sábado, em comunicado, o Coletivo pela Libertação da Palestina (CLP), que em outubro de 2023 começou uma vigília diária em solidariedade com o povo palestiniano em frente ao edifício da Câmara do Porto, denunciou “a total impunidade com que operam grupos organizados que tentam aterrorizar e negar os direitos constitucionais de reunião e expressão”.

“Apesar de as forças policiais terem sido chamadas quase uma dezena de vezes, limitam-se a tomar nota do ocorrido sem reforçarem, de forma consistente, a sua presença na área, nem tomar nenhum tipo de medidas em relação aos agressores”, sublinha a nota de imprensa do CLP que inclui um vídeo alegadamente feito na véspera e onde quatro supostos israelitas ameaçam o grupo pró-Palestina reunido diante da câmara.

No comunicado desta sexta-feira, o BE enfatiza a atitude do presidente da AM: “esta sua atitude não só levanta sérias dúvidas legais, como envergonha o órgão e a cidade. O presidente da Assembleia Municipal demonstrou não estar à altura do cargo que ocupa, devendo tirar ilações sobre a forma como acolhe as opiniões divergentes no órgão que preside”.

Para os bloquistas, “tanto este episódio como os alertas e as denúncias feitas na sessão, reforçam a necessidade de medidas que, mesmo que simbólicas, sejam um sinal inequívoco de apoio à paz e de apelo ao cessar-fogo num genocídio em curso já condenado por várias instâncias internacionais”, reiterando, por isso, que o município “deve projetar as cores da bandeira da Palestina no edifício dos Paços do Concelho à semelhança do que foi feito com a bandeira de Israel em outubro de 2023, ou com a bandeira da Ucrânia em março de 2022”.

No comunicado, o BE/Porto saúda, no entanto, “a intenção manifestada pelo município, segundo notícias recentes, de, através da Polícia Municipal, reforçar o patrulhamento [na zona onde decorre a vigília] e de promover a articulação com a PSP para averiguar as graves situações relatadas”.

A Lusa tentou obter reações de Feyo de Azevedo e da CLP, mas até ao momento não foi possível.

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