988 dias depois de ali empatar a duas bolas frente à Lazio, o FC Porto volta a pisar o relvado do Estádio Olímpico de Roma a partir das 20h00 desta quinta-feira (Sport TV5) na quarta jornada da fase regular da Liga Europa. O adversário é o mesmo e a competição também, mas dos onze titulares em fevereiro de 2022 restam apenas Diogo Costa e Pepê e, desta feita, os biancocelesti atravessam um excelente momento de forma.

 

 

 

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 Invicta em casa desde março, a Lazio lidera a tabela classificativa da Liga Europa com três jogos, três vitórias, nove golos marcados e apenas um sofrido frente ao Dínamo de Kiev, ao Nice e ao Twente e divide o terceiro posto da Série A com a Atalanta e a Fiorentina, ficando atrás do Nápoles e do Inter e à frente da Juventus ou do AC Milan.

Muito se deve à pontaria de Taty Castellanos e de Boulaye Dia, às oito assistências de Nuno Tavares noutras tantas jornadas - um registo sem paralelo no futebol continental -, à magia do lendário Pedro Rodríguez e do irreverente Mattia Zaccagni nos apoios aos pontas de lança, ao jogo aéreo de Mario Gila, Patríc Gil e Matías Vecino, à segurança de Ivan Provedel entre os postes e ao ritmo elevado imposto por Marco Baroni, o timoneiro contratado ao Hellas Verona para o lugar de Maurizio Sarri.

Desde que chegou à capital, o antigo defesa italiano tem feito um trabalho bastante positivo ao comando dos laziali, que se distinguem da forte concorrência pela verticalidade nas ações ofensivas e pela velocidade, mobilidade, criatividade e capacidade de definição das unidades mais avançadas no contragolpe.

Trata-se, portanto, de um adversário à altura e de um osso duro de roer. Vítor Bruno definiu a Lazio como uma formação “agressiva, muito vertical, muito jogo de corredores, muitos cruzamentos e forte presença na área” que o obriga a “olhar para o jogo com respeito” e a apelar aos atletas que se mantenham “muito vigilantes, ambiciosos, audazes e com sentido de responsabilidade”.

“Com muita ambição de ganhar e sair do jogo com sete pontos”, o treinador do FC Porto promete ir “à procura do resultado”, “nunca especulando, atacando da melhor forma” e recusando-se a “ficar à espera” de facilidades que nunca chegarão. “Tudo faremos para conseguir a vitória”, sublinha alguém desejoso de “subir na tabela e chegar aos lugares de qualificação direta” para os oitavos de final. No Aeroporto Leonardo da Vinci aterrou uma comitiva de 26 atletas sem Marko Grujic “por impedimento físico”, Wendell e Iván Jaime “por opção”.

O histórico entre os dois emblemas é largamente favorável aos da Invicta: nos quatro embates anteriores, os portistas venceram metade e empataram os outros dois. O primeiro duelo foi um dos melhores da história do Estádio das Antas, teve lugar numa chuvosa noite de abril de 2003 e terminou 4-1 a favor dos da casa, duas semanas antes do nulo no Olímpico que qualificou o FC Porto para a final da Taça UEFA em Sevilha.

Cinco anos volvidos, em pleno Verão de 2008, a Lazio foi convidada de honra para o jogo de apresentação aos sócios azuis e brancos no Estádio do Dragão, aonde viria a regressar nos primórdios de 2022 para sofrer nova derrota por 2-1, então referente à primeira mão dos 16 avos de final da Liga Europa. Na segunda, em Itália, Ciro Immobile até chegou a assustar os visitantes, mas Mehdi Taremi e Matheus Uribe encarregaram-se de carimbar o passaporte rumo aos “oitavos” apesar da resposta tardia de Danilo Cataldi.

Com um empate e um triunfo caseiros, frente ao Manchester United e ao Hoffenheim, os Dragões somam quatro pontos em três rondas europeias e encontram-se no meio da tabela da fase de liga, em posição de apuramento para o play-off. A oportunidade de subirem aos lugares de qualificação direta para os oitavos de final irá surgir quando o búlgaro Georgi Kabakov fizer soar o apito inicial no mítico coliseu romano.