Vereador do PSD acusa Câmara de Matosinhos de desbaratar dinheiro público com Raf Park
Porto Canal / Agências
O vereador do PSD na Câmara de Matosinhos Bruno Pereira acusou esta quarta-feira a presidente daquela autarquia, a socialista Luísa Salgueiro, de “desbaratar dinheiro público” por canalizar 1,3 milhões de euros para o Raf Park, encerrado há 12 anos.
“Contas feitas, a teimosia com o parque de diversões Raf Park, em Santa Cruz do Bispo, custa desde 2012 à Câmara Municipal de Matosinhos 1,3 milhões de euros”, disse Bruno Pereira, citado num comunicado enviado à Lusa.
O Raf Park, que se apresentava com um espaço radical, feira popular, área infantil e zona aquática (duas piscinas), abriu um junho de 2012 e fechou quatro meses depois de forma considerada inesperada.
Atualmente, as infraestruturas de tijolo e cimento estão vandalizadas e cobertas de vegetação.
“Preocupante é a câmara municipal, desde 2011, nunca ter cobrado à empresa qualquer renda e só em junho de 2014 rescindir o contrato, assinado em novembro de 2012 com a empresa 'Ritmolândia', estranhamente um mês depois de o parque encerrar”, afiançou o social-democrata.
Bruno Pereira lamentou o “descalabro que o Raf Park criaria nas contas públicas de Matosinhos, a inoperância e o silêncio de Luísa Salgueiro” nesta matéria.
Segundo o vereador, o “negócio ruinoso” custou à autarquia, do distrito do Porto, 1,3 milhões de euros na compra de terrenos, pagamento de rendas e, agora, a sua demolição.
“Este negócio é altamente lesivo para o erário público de Matosinhos, pois em 13 anos desbaratou-se 1,3 milhões de euros”, insistiu.
A 17 de abril, durante a reunião pública do executivo municipal, o vice-presidente da Câmara Municipal de Matosinhos revelou que iria ser lançado um concurso para a elaboração de um plano estratégico para o antigo parque de diversões Raf Park.
Entretanto, a 30 de outubro e segundo publicação em Diário da República, a Câmara Municipal de Matosinhos abriu um concurso público no valor de 300 mil euros para a demolição do Raf Park.
A Lusa pediu esclarecimentos à autarquia, mas ainda não obteve resposta.