Marcelo defende país tolerante e plural com "mosaico riquíssimo" de imigração
Porto Canal
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou este sábado que a chegada de imigrantes de diferentes religiões a Portugal criou um "mosaico riquíssimo" e defendeu que o país deve ser tolerante e plural.
Na sua intervenção na sessão solene comemorativa do 114.º aniversário da Implantação da República, na Praça do Município, em Lisboa, o chefe de Estado falou dos portugueses que emigraram neste século e também dos imigrantes, "falantes e não falantes de língua portuguesa", que chegaram ao país.
"Tudo hoje perfazendo 11 milhões vivendo cá dentro, e mais do que esses 11 milhões nacionais e lusodescendentes vivendo lá fora. E, nos que vivem cá dentro, um milhão de não nacionais, neles claramente dominando os lusófonos", referiu.
Marcelo Rebelo de Sousa acrescentou que "República e democracia viram como, ao lado do catolicismo, avultaram outras importantes confissões cristãs, em rápida subida, e também outros numerosos credos e igrejas e não crentes", e comentou: "Mosaico riquíssimo, bem diferente de alguns dos nossos vizinhos europeus".
Na parte final do seu discurso, o Presidente da República defendeu os valores da liberdade, pluralismo e tolerância: "Viver com liberdade é muito melhor do que viver com repressão. Pluralismo é muito melhor do que verdade única. Tolerância e universalismo é muito melhor do que aversão ao diferente e fechamento. A mais imperfeita democracia é muito melhor do que a mais tentadora ditadura".