FC Porto: Um inferno à espera do diabo

FC Porto: Um inferno à espera do diabo
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Porto Canal

O desaire na Noruega já lá vai, tal como a goleada imposta ao Arouca, e neste momento o FC Porto só tem um objetivo: vencer o todo-poderoso Manchester United. Para repetir as façanhas de 1977 e 2004 será preciso uma equipa à altura dos pergaminhos do clube e uma atmosfera ao nível das grandes noites europeias na Invicta. Apoio nunca faltará, ou não estivesse a lotação esgotada há já vários dias.

 
 
 
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Vítor Bruno tem a certeza de que “todos os jogos são chave no FC Porto” e este, diante de um leque de “jogadores de nível mundial, todos eles internacionais” de um conjunto que “esteve a dois ou três minutos de bater a melhor equipa do mundo na Supertaça Inglesa”, obriga a “andar em cima da perfeição” durante 90 minutos. Só assim é possível superar um desafio “da máxima exigência” e agarrar a “oportunidade de entrar nos lugares de play-off”. “Nesta casa não há empates, só vitórias”, relembrou o técnico “permanentemente ávido de fazer mais” na antevisão de “um jogo difícil” que deve ser “atacado com a mentalidade certa”.

Os britânicos vêm de uma pesada derrota caseira frente ao Tottenham (0-3), pelo que os Dragões terão de estar preparados para a inevitável reação do balneário capitaneado por Bruno Fernandes onde sobressaem dois nomes muito bem conhecidos (e queridos) dos portistas: Diogo Dalot, que vestiu de azul e branco entre 2008 e 2018, e Casemiro, que representou o clube em 2014/15 por empréstimo do Real Madrid.

Desde que trocou o Olival pelo centro de treinos de Carrington, já com um título de campeão nacional e outro de campeão europeu de juniores na bagagem, o Dragão de Braga conquistou uma Taça de Inglaterra, outra Taça da Liga e o coração dos adeptos de um dos maiores clubes do mundo.

O médio defensivo tem um palmarés que fala por si: cinco Ligas dos Campeões, três Mundiais de Clubes, três Supertaças Europeias, uma Copa América, uma Copa Sul-Americana, três Ligas Espanholas, três Taças do Rei, três Supertaças de Espanha, uma FA Cup, uma Taça da Liga Inglesa e uma presença no Onze do Ano da FIFA, em 2022.

Além deste trio, Erik ten Hag convocou ainda os guarda-redes Onana, Heaton e Bayindir, os defesas Lindelof, De Ligt, Maguire, Johnny Evans, Lisandro Martínez e Mazraoui, os médios Ugarte, Kobbie Mainoo, Toby Collyer, Daniel Gore e Christian Eriksen e os avançados Antony, Amad Diallo, Garnacho, Rashford, Zirkzee e Hojlund.

O apito inicial de Tobias Stieler, juiz alemão auxiliado pelo compatriota Bastian Dankert (VAR), está marcado para as 20h00 e o encontro tem transmissão televisiva na Sport TV5.

Duda, McCarthy, Ronaldo e companhia

Há praticamente 47 anos, nas Antas, um colosso do futebol mundial visitou o Estádio das Antas e regressou a Inglaterra goleado por 4-0. Jogava-se a primeira mão da segunda ronda da Taça das Taças 1977/78 e o FC Porto, então orientado por José Maria Pedroto, bateu o Manchester United graças a um hat-trick de Duda e a um remate certeiro de António Oliveira.

Na desforra, em Old Trafford, os vencedores da FA Cup até marcaram cinco golos, mas sofreram dois de Seninho e acabaram afastados pelo modesto emblema do Norte de Portugal. Desde então os dois conjuntos mediram forças noutras seis ocasiões, metade delas acabaram empatadas, duas em triunfo britânico e uma em vitória portista.

A vingança dos “diabos vermelhos” foi servida duas décadas depois do mítico duelo da Taça das Taças, quando Oliveira viveu um pesadelo no banco do Teatro dos Sonhos. A primeira mão dos quartos de final da Liga dos Campeões 1996/97 levou os bicampeões de Portugal ao reduto dos detentores do título inglês e terminou num 4-0 a favor dos da casa - marcaram David May, Eric Cantona, Ryan Giggs e Andy Cole.

Uma quinzena volvida, nas Antas, os azuis e brancos fizeram de tudo para bater Peter Schmeichel, mas ninguém conseguiu desfazer o nulo e evitar o afastamento da liga milionária. Muito melhores memórias deixou a dupla cimeira europeia de 2004: convidado de honra para o primeiro jogo de Champions no Estádio do Dragão, o United entrou a ganhar e saiu vergado por um tal Benni McCarthy, que até há meses integrava a equipa técnica de Erik ten Hag.

O bis do sul-africano levou os “oitavos” em aberto para Manchester, onde Costinha garantiu à passagem ao top-8 nos descontos e onde José Mourinho correu até à bandeirola de canto para festejar um golo decisivo na caminhada rumo a Gelsenkirchen. Cinco anos mais tarde, em 2009, os dois titãs voltaram a empatar naquele mesmo local, então a duas bolas, e só um grande golo de Cristiano Ronaldo, já no Dragão, decidiu a eliminatória a favor dos ingleses.

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