Turismo de Portugal quer alavancar gastronomia como motivo de visita à região Norte
Porto Canal/ Agências
A vogal do conselho diretivo do Turismo de Portugal Lídia Monteiro defendeu esta quinta-feira, em Matosinhos, que a gastronomia deve ser o novo motivo para visitar a região do Porto e Norte de Portugal.
“A nossa ambição é criar a gastronomia um novo motivo para visitar a região. A gastronomia pode bem ser esse catalisador”, declarou Lídia Monteiro, durante a sua intervenção da apresentação da cidade do Porto como palco da Gala Guia Michelin 2025.
Aquela responsável disse que era “com um enorme gosto” que hoje se estava a celebrar a gastronomia portuguesa no Norte de Portugal, e disse acreditar que a gastronomia é “um ativo” que vai valorizar o destino turístico de Portugal e que vai “catalisar e elevar produtos portugueses”, por ser uma área que tem uma capacidade de estimular também a cerâmica, o têxtil, entre outras.
Para Lídia Monteiro, que agradeceu o talento dos ‘chefs’ e o trabalho que têm feito pelo país, a Gala Guia Michelin 2025 vai ser um sucesso.
A gala do Guia Michelin que vai ter lugar a 25 de fevereiro, no Centro de Congressos da Alfândega do Porto, vai contar com os ‘chefs’ coordenadores gastronómicos Rui Paula, do restaurante Casa de Chá da Boa Nova, Vítor Matos, do restaurante Antiqvvm, e Ricardo Costa, do restaurante The Yeatman, todos com duas estrelas Michelin.
Na conferência de imprensa, Rui Paula afirmou que o Guia Michelin mudou a sua vida, destacou que Portugal é um “país maravilhoso”, “único” pelo seu mar maravilhoso, e mostrou-se satisfeito por finalmente a gala vir para a região.
“Temos restaurantes tradicionais a fazer comida maravilhosa. Estava na altura de marcarmos esta flecha. O Norte tem muita história, muito caráter e é com todo o gosto que vamos fazer uma gala que vai fazer história”, referiu.
O ‘chef’ Ricardo Costa também se mostrou feliz por ser um dos coordenadores a trabalhar na Gala Michelin, salientando a “responsabilidade”.
Agradecendo também o convite que lhe foi feito, Vítor Matos referiu que a sua “forma de estar na vida deve muito ao Michelin”.
“É uma responsabilidade muito grande. Vamos cozinhar com o coração, somos muito genuínos”, afirmou o ‘chef’.
Portugal tem atualmente sete restaurantes com duas estrelas Michelin (cozinha excelente vale a pena o desvio), 26 com uma estrela (Cozinha de grande nível compensa parar) e não conta com nenhum restaurante com a classificação máxima (três estrelas, “uma cozinha única, justifica a viagem”).
Criado do início do século XX para ajudar os viajantes nas suas deslocações, o Guia Michelin é hoje considerado uma referência mundial na qualificação de restaurantes. Portugal entrou no roteiro em 1910.