FC Porto: Arranque em falso. Crónica de jogo
Porto Canal
O FC Porto entrou com o pé esquerdo na edição 2024/25 da Liga Europa. Frente ao Bodø/Glimt, na Noruega, os portistas até marcaram primeiro, mas sofreram três golos consecutivos do campeão local e só conseguiram anular um deles (3-2). Samu voltou a faturar, Deniz Gül estreou-se a marcar e os Dragões regressaram do Círculo Polar Ártico sem qualquer ponto na primeira das oito jornadas da fase de liga.
Vítor Bruno apostou em Marko Grujic, Iván Jaime e Gonçalo Borges nos lugares de Alan Varela, Galeno e Pepê e foi o espanhol quem deixou o primeiro aviso, num remate cruzado que Nikita Haikin encaixou. Aos oito minutos, após boa abertura de Borges, Francisco Moura descobriu Samu e o avançado faturou pelo terceiro jogo consecutivo, inaugurando o marcador do Aspmyra Stadion (0-1).
O golo sofrido em nada abalou os noruegueses, que se mantiveram fiéis ao plano e colheram os frutos dessa estratégia em cima do quarto de hora, quando Kasper Hogh aproveitou um latifúndio nas costas da defesa portista para bater Diogo Costa no um contra um (1-1). O empate não agradava aos forasteiros, mas eram os visitados os mais ameaçadores.
João Mário até teve tempo e espaço para repor a vantagem, só lhe faltou a pontaria que Jens Hauge demonstrou após um belo trabalho de Hogh a confirmar o bom momento do Bodø/Glimt, que consumou a reviravolta (2-1) antes de Samu atirar forte e rasteiro para defesa de recurso em cima do intervalo.
Das cabines regressaram os mesmos 22, que rapidamente passaram a 21 fruto da expulsão de Isak Maatta por acumulação de amarelos. Em superioridade numérica, Vítor Bruno retirou a dupla Eustáquio/Gonçalo Borges para lançar um par de internacionais brasileiros e foi já com Pepê e Galeno em campo que Hauge bisou e fez o 3-1.
O camisola 13 ficou a centímetros de marcar um grande golo no último lance prévio às entradas de Rodrigo Mora e Deniz Gül para as vagas de Grujic e Iván Jaime. Mesmo com cinco jogadores de caraterísticas ofensivas em campo, o FC Porto tardava em criar perigo e os nórdicos aproveitavam todos os metros para causarem calafrios a Diogo Costa, que teve de se desdobrar para impedir o alargar da desvantagem.
Pepê esteve muito perto de marcar duas vezes no ataque seguinte, André Franco rendeu Francisco Moura e Deniz Gül respondeu da melhor forma a um canto conquistado pelo próprio que Rodrigo Mora cobrou de forma exímia (3-2). O apito do juiz israelita soou para assinalar o triunfo da formação da casa, a mais eficaz e esclarecida durante os 90 minutos.