Pedro Nuno Santos critica falta de meios e coordenação no Porto durante os incêndios 

Pedro Nuno Santos critica falta de meios e coordenação no Porto durante os incêndios 
| Política
Porto Canal/ Agências

O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos criticou esta segunda-feira, em Baião, a falta de meios e coordenação no combate aos incêndios que lavraram, na semana passada, no distrito do Porto.

“Hoje, nós sabemos que houve várias coisas que não correram bem, nomeadamente aqui no distrito do Porto. Baião e Gondomar foram concelhos onde houve claramente falta de meios”, afirmou, em declarações aos jornalistas.

O líder socialista falava no final de uma visita que realizou a vários pontos afetados pelos incêndios no concelho de Baião, no interior do distrito do Porto, acompanhado pelo presidente da câmara, Paulo Pereira, e outros autarcas das região.

“Houve problemas de coordenação”, insistiu, dando como exemplo o facto de ter havido autarcas do PSD a criticar a ausência e falta de intervenção por parte da ministra da administração interna, “que é a responsável política”.

“Durante aqueles dias não houve ministra da Administração Interna”, criticou, prosseguindo: “Ela não faz o combate, mas há aqui um dever de comunicação, não só com os autarcas, mas também com o país”.

Pedro Nuno Santos considerou depois que, a propósito do incêndios, o Governo não se pode “sempre estar a pôr de fora daquilo que é a sua responsabilidade”.

Ao longo da visita realizada de autocarro, o líder socialista foi ouvindo, em diferentes pontos, as explicações do que aconteceu nos dois grandes incêndios que, entre terça e quinta-feira destruíram cerca de 6.000 hectares de floresta naquele concelho.

“São vários autarcas que se queixam da falta de coordenação política desse combate aos incêndios”, reforçou.

Para o líder do PS, o problema dos incêndios em Portugal “é muito mais do que o fogo posto”.

“O problema é mesmo conseguir que os incêndios parem”, referiu, apontando para a necessidade de se trabalhar na prevenção e no combate.

“E, sobre isso, nós, do primeiro-ministro, não tivemos uma única palavra, nenhuma manifestação de preocupação relativamente a dois elementos essenciais: a prevenção e o combate”, criticou ainda.

Para Baião deixou uma palavra de solidariedade, recordando que o concelho viveu “uma situação dantesca”.

“Estamos a falar de mais de metade da superfície [florestal] do concelho ardida. Foi uma situação de grande desespero, de profundo sofrimento, por isso manifestamos a nossa solidariedade à população e aos autarcas”, referiu.

No final da visita, o secretário-geral do PS reuniu-se, no auditório do convento de Ancede, também em Baião, com os autarcas de Baião, Paredes, Marco de Canaveses, Vila Nova da Gaia, Gondomar e Santo Tirso para fazer o balanço dos incêndios que afetaram o território.

Nove pessoas morreram e mais de 170 ficaram feridas em consequência dos incêndios que atingiram na passada semana sobretudo as regiões Norte e Centro de Portugal.

A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil contabilizou oficialmente cinco mortos nos fogos.

Os incêndios florestais consumiram, entre os dias 15 e 20 de setembro, cerca de 135.000 hectares, totalizando este ano a área ardida em Portugal quase 147.000 hectares, a terceira maior da década, segundo o sistema europeu Copernicus.

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