Câmara de Braga avança com queixa contraabate ilegal de árvores nas Sete Fontes

Câmara de Braga avança com queixa contraabate ilegal de árvores nas Sete Fontes
Junta de Freguesia de S. Victor
| Norte
Porto Canal / Agêncais

O presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio, afirmou esta segunda-feira que o município irá acionar os meios jurídicos para sancionar o autor de um abate ilegal de árvores nas Sete Fontes, registado na semana passada.

“Houve um incumprimento por parte de um particular, abateram árvores quando não o podiam fazer e o município vai acionar os meios jurídicos para o sancionar”, referiu o autarca.

O assunto foi levado à reunião desta segunda-feira do executivo pela oposição, tendo mesmo o vereador da CDU, Vítor Rodrigues, classificado a situação como um “faroeste no século XXI”.

“Uma coisa inadmissível do ponto de vista da civilidade”, frisou Vítor Rodrigues, que disse que o processo jurídico “é o mínimo que se pode fazer” e que defendeu que quem infringiu a lei deve ser obrigado a repor a situação original.

No local situa-se o aqueduto das Sete Fontes, que está classificado como monumento nacional desde 2021.

O vereador do Ambiente, Altino Bessa, disse que a Câmara foi “surpreendida” na quarta-feira com uma denúncia de que um madeireiro estaria a decorrer um “abate indiscriminado” de arvoredo e arbustos numa parcela de terreno nas Sete Fontes.

Um abate que, além de ilegal, por violar o plano de urbanização das Sete Fontes, também estava a decorrer numa altura em que o país se encontrava em alerta vermelho, devido ao perigo de incêndio, e em que, por isso, estava proibido o uso de maquinaria.

Os serviços municipais foram ao local com a PSP e o abate foi suspenso.

Na sexta-feira, houve nova tentativa para prosseguir com o abate, mas as autoridades conseguiram impedi-lo.

O vereador do Planeamento e Ordenamento, João Rodrigues, disse que o município tinha apenas dado uma indicação para a “limpeza da zona" e que não havia qualquer licença para o abate de árvores.

“É natural que se limpem os terrenos, mas o madeireiro extravasou o que lhe foi pedido”, referiu, sublinhando que o município “foi o primeiro a agir” quando soube do abate de árvores.

Segundo a Câmara, o madeireiro abateu árvores não só na parcela de um particular, como também num terreno pertencente ao município.

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