O novo capitão do FC Porto é o principal destaque da nova edição da revista Dragões, que fica disponível em formato digital esta segunda-feira e faz manchete com uma grande entrevista a Diogo Costa.

Sob o olhar atento de uma sócia desde 19 de setembro de 1999 - a data de nascimento do entrevistado - e de quatro guarda-redes da Dragon Force, o número 99 azul e branco respondeu abertamente às 55 questões, reavivou memórias tão distantes como a mudança da Suíça para Portugal ou tão próximas como a Supertaça, confessou-se portista desde o berço, recordou a passagem pelas escolinhas do Benfica e não conseguiu conter as lágrimas enquanto falava sobre “o melhor presente da vida” - o filho Tomás.

Para defender as balizas do FC Porto e da seleção nacional convém dedicar muitas horas à causa, por isso é que o guardião mais valioso do planeta (segundo o Transfermarkt) prefere confiar no trabalho antes do talento e nunca se cansa de procurar a perfeição. Só assim é possível surgir entre os nomeados para o Troféu Yashin e seguir as pisadas de referências como Casillas, van der Sar, Neuer ou Oblak.

A 28 de outubro, em Paris, Diogo Costa ficará a saber quem vence a Bola de Ouro dos guarda-redes, mas aconteça o que acontecer tudo serve para aprender, para melhorar e para crescer. O herdeiro da braçadeira portista aprendeu desde criança a “ir atrás dos sonhos” e a nunca descurar os pormenores, porque “a qualidade não chega” e “60 ou 70 por cento” do que alcançou até agora “é fruto do trabalho diário” e não da intuição que tantas alegrias tem dado ao clube e à seleção.

“Vou contar um episódio que aconteceu contra a Eslovénia, no fim do prolongamento: os treinadores perguntaram-me se eu queria ver as probabilidades dos batedores e eu disse que não queria ver. Foi muito instinto, fruto do que estava a ler do batedor no momento. Claro que também existe a técnica de saída à bola, mas foi mais o pressentimento e a experiência adquirida ao longo da vida”, revelou o dono das redes portuguesas no Euro 2024.

É precisamente para o Velho Continente que o foco do FC Porto está virado neste momento. Os duplos vencedores da Liga Europa estreiam-se na prova já esta quarta-feira (17h45, Sport TV) e Diogo Costa reconhece “qualidade e margem de evolução” a “um plantel muito jovem” para chegar longe na competição: “Acredito sinceramente que podemos ganhar a Liga Europa, mas pensar em ganhar não chega. É preciso demonstrá-lo em cada jogo”.

O primeiro jogador de futebol a defender um penálti e a fazer uma assistência no mesmo jogo, o único guarda-redes a defender três penáltis na mesma edição da Liga dos Campeões (que até foram quatro) e o primeiro a parar outros tantos remates num desempate por grandes penalidades em Campeonatos da Europa é o rosto da edição número 454 da revista Dragões. A entrevista completa fica disponível esta segunda-feira.