Penafiel alarga áreas de construção para não ser cidade de risco ao meio
Porto Canal/Agências
Penafiel concluirá, em 2025, o plano de pormenor do Cavalum, criando áreas residenciais na encosta voltada ao rio e terminando, segundo o presidente da câmara, Antonino de Sousa, com a expressão da cidade de risco ao meio.
“Vamos, de uma vez por todas, terminar com aquela expressão da cidade de risco ao meio, porque a cidade agora tem várias riscas e todas elas importantes”, comentou, em declarações à Lusa, sinalizando que a nova expansão vai dar seguimento à requalificação da área do equipamento cultural Ponto C, já inaugurado.
Segundo o chefe do executivo daquele município do distrito do Porto, trata-se de uma área que vai desde o centro histórico, a norte, até à variante do rio Cavalum (afluente do Rio Sousa), a sul, na zona mais baixa da cidade (cerca de 30 hectares), encosta para onde está prevista a construção de habitações com baixo impacto em termos de cércea.
Predominantemente, anotou, prevê-se que apenas seja permitida a construção de moradias unifamiliares ou geminadas. A exceção, prosseguiu, poderá acontecer na zona mais baixa, próxima da variante, onde os edifícios em altura, com não mais do que quatro pisos, não terão tanto impacto visual.
Recordando que a construção do Ponto C nos terrenos mais elevados da área abrangida pelo plano (zona de Puços) foi o pontapé de saída daquela estratégia, destacou que “tudo tem sido pensado”, há vários anos, para potenciar uma zona que “estava um bocadinho ao abandono, literalmente de costas voltadas para a cidade”.
“Nada do que aqui está foi feito ao acaso, foi tudo devidamente planeado, organizado e parece-me que o resultado final é bastante feliz”, acrescentou, referindo-se ao novo equipamento cultural, aos novos acessos rodoviários a partir da variante e à nova praça contígua ao Ponto C, melhoramentos recentemente inaugurados pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro.
O plano de pormenor, que abrange terrenos privados, vai regular o que é possível fazer em toda a área, porque, acentuou Antonino de Sousa, se deseja que nada seja construído que afete a preocupação que houve em termos de planeamento no que já foi realizado.
A autarquia de Penafiel assinala que só após a conclusão do plano é que será permitida aos privados a construção de habitações, que terão de respeitar o que ficará determinado no documento.