Autarca de Arcos de Valdevez pede reforço de policiamento e investigação para travar fogos com mão criminosa

Autarca de Arcos de Valdevez pede reforço de policiamento e investigação para travar fogos com mão criminosa
| Norte
Porto Canal / Agências

O presidente da Câmara de Arcos de Valdevez pediu esta quarta-feira ao secretário de Estado da Proteção Civil o “reforço de policiamento e investigação” para travar os fogos com “origem criminosa” que têm assolado o concelho.

“Tudo indica que [o incêndio que lavra em São Jorge e Ermelo] é fogo intencional e de origem criminosa pelas circunstâncias em que ocorreu, a hora a que ocorreu, a forma como o fogo evoluiu. A informação que me vão dando é que será essa a origem deste e de muitos outros. Temos de ter uma ação concertada de forma que se consiga travar estas pessoas que têm intenções que são efetivamente criminosas”, afirmou à agência Lusa. João Manuel Esteves.

O incêndio em São Jorge e Ermelo, concelho de Arcos de Valdevez, distrito de Viana do Castelo, deflagrou às 20:21 de terça-feira e permanece ativo, tendo consumido mais de 900 hectares de mato.

O autarca social-democrata disse ter falado com o secretário de Estado da Proteção Civil para pedir o reforço de meios de vigilância, policiamento e investigação criminal, “no sentido de tentar identificar ou pôr algum cobro a estas intenções criminosas que estão com muitas incidências”.

“O presidente da República também ligou hoje para se inteirar do incêndio e alertei para a necessidade de ser reforçado o policiamento e a investigação”, acrescentou.

O presidente da Câmara de Arcos de Valdevez, no distrito de Viana do Castelo, sublinhou “os esforços de todos os operacionais, do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) e das Juntas de Freguesia.

“Temos tentado resolver os problemas, mas há um número muito elevado de incêndios. A esmagadora maioria, segundo o sentimento geral, tem origem criminosa. Isto esgota os meios, desanima as pessoas e é um combate desigual. Fazem-se todos os esforços, as pessoas passam horas atrás dos incêndios e, de repente, surge mais um e, a seguir outro noutro lado”, reforçou.

Em declarações à agência Lusa, o segundo comandante do Comando Sub-regional do Alto Minho, Carlos Pereira, adiantou que “o vento está bastante forte e a complicar as manobras de extinção” do fogo.

“Há zonas do incêndio que estão controladas, mas a cabeça do incêndio está mais complicada”, frisou.

Segundo Carlos Pereira, não há feridos entre os operacionais no terreno, nem aldeias em perigo.

O responsável disse ter a expectativa de até final do dia conseguir resolver a situação.

“É sempre uma expectativa porque há fenómenos que não controlamos, mas estamos a fazer o melhor possível”, destacou.

Às 13h43, segundo informação na página oficial da Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), o incêndio mobilizava 225 operacionais, 70 viaturas e quatro meios aéreos.

+ notícias: Norte

Sete concelhos do distrito do Porto em perigo máximo de incêndio

Sete concelhos do distrito do Porto estão, este domingo, em perigo máximo de incêndio. Em Gondomar, Trofa, Penafiel, Amarante, Marco de Canaveses, Baião e Paredes é proíbido fazer fogueiras, usar grelhadores ou fogareiros, bem como lançar foguetes, além de outras restrições. Com as mesmas restrições estão os concelhos de Felgueiras, Santo Tirso, Lousada e Paços de Ferreira, onde há perigo muito elevado de incêndio.

Fogo em Oliveira de Azeméis obriga a evacuar hotel por precaução

Um incêndio na zona de Oliveira de Azeméis está a ser combatido esta noite por cerca de 300 bombeiros, auxiliados com quase uma centena de veículos, tendo sido evacuado um hotel, devido ao fumo.

Incêndios. Alerta vermelho para Norte na segunda e terça-feira

As regiões a norte do rio Tejo vão estar em alerta vermelho quanto ao combate a incêndios na segunda e terça-feira, face às previsões meteorológicas, disse este sábado a Proteção Civil.