PCP critica "venda à pressa" de património e activos do BES

| Economia
Porto Canal / Agências

Lisboa, 25 ago (Lusa) - O Partido Comunista Português (PCP) criticou hoje a "venda à pressa e ao desbarato do património e ativos" do Grupo Espírito Santo (GES), referindo exemplos como as "apetecíveis" empresas BES/Saúde e Tranquilidade.

"A situação criada e as evoluções que conduziram à canalização de 4,4 mil milhões de euros para o Novo Banco exige, para já, até ao apuramento real e definitivo, que o Estado use todos os meios ao seu dispor para que sejam impedidas quaisquer alienações ou vendas de ativos integrados no Novo Banco, mas também nas empresas do Grupo Espírito Santo (GES)", declarou Jorge Pires, membro da Comissão Política do Comité Central comunista.

O dirigente do PCP falava em conferência de imprensa na sede do partido, em Lisboa, e advogou que o "atual processo" em torno do GES e do BES indicia "a reprodução do que aconteceu no BPN, com a venda à pressa e ao desbarato do património e ativos".

No final da semana passada soube-se, por exemplo, que os norte-americanos da Apollo vão investir cerca de 200 milhões de euros para ficar com a Tranquilidade, que pertencia ao GES e que vai ser vendida pelo Novo Banco.

O referido valor inclui uma injeção de 140 milhões de euros na seguradora, disse à agência Lusa fonte próxima da negociação.

Para o PCP, é "inadmissível" que o primeiro-ministro, a ministra das Finanças e o governador do Banco de Portugal (BdP) "não assumam as suas responsabilidades políticas" em todas as matérias envolvendo o GES e o BES, tendo Jorge Pires reiterado a necessidade de avançar uma comissão parlamentar de inquérito sobre a matéria.

O membro do Comité Central comunista advertiu ainda para a urgência de "respostas claras" do Governo e BdP "quanto ao verdadeiro projeto que têm para o futuro" do Novo Banco.

O dirigente comunista chamou ainda a atenção para a União Bancária firmada a nível europeu, sustentando que a mesma "não se destina a reforçar os mecanismos ditos independentes de controlo, supervisão e fiscalização do setor financeiro", antes a "aprofundar o papel central que o Banco Central Europeu tem no processo de concentração e centralização de capital" na Europa.

"Países como Portugal, que abdicaram da sua moeda e alienaram soberania monetária, ficam mais limitados na regulação do setor financeiro", defendeu o membro do PCP.

PPF (CSJ) // SMA

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