Adesão à greve de 90% nos hospitais e superior a 70% nos centros de Saúde argarvios - Sindicato
Porto Canal / Agências
Redação, 22 ago (Lusa) -- A adesão dos enfermeiros à greve de hoje nos serviços de saúde algarvios atingiu os 90 por cento no turno da manhã nos hospitais e superou os 70 por cento nos centros de saúde, segundo o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses.
Em comunicado o sindicato refere que houve também alguns casos de adesão a 100 por cento, como é o caso do Centro de Saúde de Alcoutim e do Serviços de Urgência Básica de Loulé e Lagos, enquanto no Centro de Saúde de São Brás de Alportel a adesão dos enfermeiros atingiu os 91%.
Em Silves a adesão alcançou os 74%, em Aljezur 83%, em Portimão 75%, em Lagoa 71%, em Lagos 89% e em Olhão os 53%, enquanto nos Serviços de Urgência Básica de Albufeira e Vila Real de Santo António a adesão atingiu os 67%.
O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses frisa que "o compromisso dos profissionais com a defesa do SNS e a exigência de melhores condições de trabalho determinará a manutenção das exigências que estão na base desta greve".
Os sindicatos da saúde e da função pública do Algarve cumprem hoje um dia de greve que abrange todos os profissionais de saúde, em defesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS) na região.
A greve, que começou às 00:00 e tem a duração de 24 horas, é a primeira paralisação conjunta no Algarve que congregará enfermeiros, médicos e profissionais da função pública, nomeadamente pessoal administrativo e auxiliares de ação médica, segundo os representantes do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), do Sindicato dos Médicos da Zona Sul e do Sindicato da Função Pública do Sul.
Entre os motivos da greve, os enfermeiros destacam a falta de contratação de novos profissionais ou a realização de mais um turno consecutivo pelo mesmo profissional como situações que têm vindo a degradar as condições de trabalho.
De acordo com Margarida Agostinho, do Sindicato dos Médicos da Zona Sul, há muitos clínicos a abandonar os serviços por reforma ou reforma antecipada, devido às más condições de trabalho, que se traduzem sobretudo na falta de pessoal e de material e tornam difícil manter as pessoas a trabalhar.
Rosa Franco, do Sindicato da Função Pública do Sul, chamou a atenção para o importante papel desempenhado nas unidades de saúde pelo pessoal administrativo e auxiliar e apontou inúmeras falhas nos serviços, desde a recolha do lixo a profissionais obrigados a fazer escalas de 16 horas.
"As instituições de saúde não funcionam sem os auxiliares, principalmente porque fazem parte da equipa multidisciplinar de saúde e sem os auxiliares não há serviço nenhum que funcione", sublinhou.
SCYS (MHC)//GC.
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