Trabalhadores dos CTT de Guimarães exigem contratação de mais profissionais
Porto Canal / Agências
Guimarães, 22 ago (Lusa) - Trabalhadores do Centro de Distribuição Postal de Guimarães estão hoje a cumprir 24 horas de greve contra o não preenchimento de vagas, situação que dizem "obrigar" a que alguns trabalhem "de borla" para colmatar necessidades.
Em declarações aos jornalistas, o representante do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações, José Sá, explicou que para que aquele centro de distribuição dos CTT funcione "sem atropelos" é necessário contratar 10 trabalhadores.
Depois de 24 horas sem que a correspondência em Guimarães e Vizela seja entregue, uma vez que, segundo aquele sindicato, a adesão é de "mais de 90 por cento", os CTT fizeram saber, num comunicado à agência Lusa, que vão proceder a uma "distribuição extraordinária" no sábado na zona abrangida por aquele centro de distribuição.
"Exigimos o preenchimento dos postos de trabalhos que estão vagos, resultado de trabalhadores que se foram aposentando e que por rescisões foram deixando o serviço", explicou o sindicalista.
Segundo José Sá, a falta de trabalhadores tem sido "tem que ser colmatada com o recrutamento diário de trabalhadores que fazem outro giro, ao fim e ao cabo, de borla".
O sindicalista considerou que o serviço é expedido porque "funciona o brio profissional" dos trabalhadores que "são sensíveis às necessidades das populações e vão fazendo os possíveis".
Os trabalhadores defendem, assim, que "para que este local consiga trabalhar com eficácia e sem estes atropelos e recursos a horas extraordinárias não pagas é preciso contratar cerca de 10 profissionais".
Com uma adesão "de mais de 90 por cento", José Sá garantiu que não haverá, durante 24 horas, entrega de correio em Guimarães e Vizela.
Em resposta, num comunicado enviado à Lusa, os CTT informa que "vão proceder a uma distribuição extraordinária de correio amanhã, sábado, na zona coberta pelo Centro de Distribuição Postal de Guimarães, com o objetivo de minimizar ou anular quaisquer eventuais incómodos e atrasos que a greve convocada para hoje possa eventualmente provocar".
Os CTT explicam que "pretendem com esta medida de contingência manter os elevados padrões de serviço a que os clientes se habituaram, prevendo-se que todas as entregas estejam regularizadas, no máximo, entre segunda e terça-feira da próxima semana".
Os trabalhadores, depois de se terem concentrado em Guimarães, vão deslocar-se até Vizela.
"Vamos fazer barulho e informar a população", disse José Sá.
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