Com a bola nos genes. Vítor Bruno tem mais de 40 anos de ligação ao futebol

Com a bola nos genes. Vítor Bruno tem mais de 40 anos de ligação ao futebol
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Porto Canal

O novo treinador do FC Porto é jovem e vai estrear-se como técnico principal, mas vive o mundo do futebol desde que nasceu. Literalmente.

Vítor Bruno Clara Santos Motas Fernandes veio ao mundo em Coimbra a 2 de dezembro de 1982, numa altura em que o pai, Vítor Manuel, era treinador-adjunto da Académica, clube que representara durante vários anos como jogador. Pouco depois arrancaria uma carreira como líder de equipas técnicas que o consagraria como um dos treinadores mais longevos e carismáticos do futebol português: entre a década de 1980 e os primeiros anos do século XXI acumulou 505 jogos na I Divisão. Vítor Bruno cresceu entre relvados e balneários a sonhar com um percurso como atleta.

Durante 11 temporadas, escalou todas as etapas da formação da Académica de Coimbra. Estreou-se como sénior no Bidoeirense, da Associação de Futebol de Leiria, e representou outros seis clubes até pendurar as botas no Valonguense, em 2008. Tinha 26 anos e já vislumbrava outro caminho. Entretanto, formara-se em Ciências do Desporto e Educação Física pela Universidade de Coimbra. Às vivências junto do pai e à experiência como atleta em contextos de grande dificuldade aliava-se o conhecimento científico.

Já depois de dar aulas, foi ao lado de Vítor Manuel que Vítor Bruno se estreou como membro de uma equipa técnica. Em 2009, mudou-se para Angola para trabalhar no Primeiro de Agosto. A aventura africana ainda incluiu uma passagem pelo U.S.M. Blidá, da Argélia, mas foi breve. Em 2009/10 Vítor Bruno estava na Naval com Augusto Inácio, técnico que acompanhou na temporada seguinte à frente do Leixões.

Um momento decisivo na carreira do conimbricense aconteceu em 2011/12, quando integrou o grupo de auxiliares de Sérgio Conceição, que se estreava como treinador principal ao serviço da Olhanense. Essa relação estendeu-se por 13 temporadas e incluiu passagens pela Académica, o Braga, o Vitória de Guimarães e o Nantes, de França. No arranque de 2017/18, Conceição foi o escolhido para devolver o FC Porto aos títulos. Vítor Bruno seguiu-lhe os passos com toda a naturalidade.

Ao longo de sete temporadas, enquanto adjunto, Vítor Bruno contribuiu para a conquista de três Ligas, quatro Taças de Portugal, três Supertaças e uma Taça da Liga, e ainda para campanhas internacionais que incluíram duas vitórias na fase de grupos da Liga dos Campeões e duas qualificações para os quartos de final da mais importante competição de clubes do mundo.

Nestes anos, Vítor Bruno substituiu Sérgio Conceição no banco de suplentes em 17 ocasiões em que o FC Porto somou 15 vitórias e dois empates. No final, apresentou-se sempre perante a comunicação social com discursos claros, ricos em conteúdo e imbuídos dos valores que caracterizam o clube.

Quando foi distinguido com o Prémio Carreira pela Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física da Universidade de Coimbra, em março de 2024, Vítor Bruno escreveu que no futebol “apenas sobrevivem os apaixonados que vivem a causa de forma intensa e dedicada”. Aposta de André Villas-Boas para começar um novo ciclo à frente da equipa principal do FC Porto, terá a oportunidade de desempenhar um papel diferente no meio a que pertence desde sempre. A paixão e a ambição permanecem.

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