Reposição de areias na Costa da Caparica só podia ter sido feita no verão

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Porto Canal / Agências

Almada, 20 ago (Lusa) - O secretário de Estado do Ambiente afirmou hoje que a obra de reposição de areias nas praias da Costa da Caparica, que hoje terminou, só podia ter sido feita no verão, por razões técnicas e processuais.

Paulo Lemos explicou que a empreitada não estava prevista para este ano, mas apenas quando o Porto de Lisboa fizesse as suas drenagens, acrescentando que a obra foi decidida pelo ministro do Ambiente, em março, na sequência das tempestades.

"Portanto, há todo um procedimento que tem de ser desenvolvido em termos de concurso e projeto que demoram o seu tempo. [O procedimento] Foi excecionalmente rápido relativamente ao que é costume em termos de administração pública, tendo em conta os valores envolvidos e também porque eram financiamentos comunitários, que têm de respeitar prazos", frisou o governante, que esteve na Costa de Caparica para assinalar o fim da reposição das areias.

O secretário de Estado justificou a empreitada, que se iniciou a 27 de junho e que terminou hoje - uma semana antes do inicialmente previsto.

"Não há nenhum técnico que aconselhe que a obra seja feita no inverno. Nunca foi feita no inverno. As reposições de areias na Caparica foram sempre feitas no verão, porque não há garantias que o mar estará em condições. Mesmo no verão tivemos de interromper porque as condições do mar não permitiam a reposição das areias. Não pode ser feita em mais ocasião nenhuma a não ser no verão", sublinhou Paulo Lemos.

Questionado sobre as queixas dos concessionários de que o volume da areia não é o suficiente, antevendo cenários idênticos ao do inverno passado, o secretário de Estado afirmou que a obra realizada é a adequada tendo em conta o momento em que foi realizada.

"Este foi o volume de areia que os técnicos nos disseram que era o adequado. Não está prevista uma segunda fase. Mas atenção, estas praias da Caparica já foram alimentadas várias vezes. O que podemos garantir é que, por um lado, as condições balneares não têm nada a ver com a situação que encontramos no fim das tempestades, quando a água batia no paredão em quase todas as praias", assegurou Paulo Lemos.

Para o secretário de Estado estão reunidas as condições necessárias até ao final da época balnear, além de garantir que as praias da Costa da Caparica estão agora mais resistentes e preparadas para fazer face a futuras intempéries.

"A praia está muito mais resiliente no caso de haver um inverno mais rigoroso. Acreditamos que esta obra é a adequada para o momento em que foi feita. (...) Uma situação daquelas foi excecional e não se repete todos os anos", afirmou Paulo Lemos.

Num comunicado divulgado na terça-feira, a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) referia que hoje estavam concluídas das obras de reposição de areias nas praias da frente urbana da Costa de Caparica e São João, "intervenções estruturantes e absolutamente necessárias para a proteção deste troço costeiro".

Estas obras, que "implicaram a alimentação artificial de um milhão de metros cúbicos de areia ao longo de uma frente marítima de cerca de quatro quilómetros", custaram "cerca de cinco milhões de euros".

O mau tempo do último inverno destruiu várias estruturas na costa portuguesa, nomeadamente na Costa de Caparica, e arrastou areias de várias praias.

JGS/JRS // ZO

Lusa/Fim

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