O projeto de André Villas-Boas para o FC Porto

O projeto de André Villas-Boas para o FC Porto
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Porto Canal

32.º presidente do clube toma posse na terça-feira às 12h00

O Estádio do Dragão acolheu as eleições mais participadas da história do FC Porto no passado 27 de abril, dia em que 21.489 dos 26.876 associados que exerceram o direito de voto escolheram a lista B e elegeram André Villas-Boas como o 32.º presidente do clube. Em vésperas da tomada de posse dos novos Órgãos Sociais, é tempo de recordar as principais propostas do movimento “Só há um Porto”.

 
 
 
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“Valores”, “vitória”, “inovação”, “saúde financeira”, “planeamento”, “Fundação FC Porto”, “comunicação”, “integridade”, “sustentabilidade”, “ética e transparência” são os “dez mandamentos” do dirigente que define como “missão” o “sucesso desportivo e económico do clube, promovendo a paixão pelo desporto e criando um laço único entre o clube, a comunidade e os adeptos”, ao mesmo tempo que deseja “desenvolver novos talentos, competir ao máximo nível em Portugal e nas competições internacionais, espalhar o bom nome do FC Porto e os valores fundamentais da lealdade, do fair-play, da integridade e da igualdade”.

Nas 67 páginas do manifesto eleitoral disponibilizado na página oficial da candidatura, André Villas-Boas divide a “estratégia de intervenção em cinco áreas fundamentais”: “programa desportivo”, “reestruturação financeira”, “ecletismo”, “caminhos para a excelência” e “transparência e ética”.

O “programa desportivo” sustenta-se num “novo organograma” a partir do qual será implementado “um modelo organizacional ágil na decisão e centrado nos resultados” que irá refletir “a complexidade e multidimensionalidade do futebol atual e, ao mesmo tempo, sublinha a importância de ter as pessoas certas nos lugares certos em cada momento”. O scouting, a formação, o Centro de Alto Rendimento, a performance, a área médica, o futebol feminino e o futsal são outros tópicos abordados em detalhe no mesmo capítulo.

A “reestruturação financeira”, sob a tutela de José Pedro Pereira da Costa, pretende atingir a “viabilidade” económica e a “disciplina” orçamental, “reduzir o passivo”, “aumentar as receitas”, cortar nos “custos operacionais”, “gerar resultados por valorização de ativos” e criar “uma marca global” sob uma “gestão rigorosa” baseada no “cumprimento rigoroso das regras UEFA” para alcançar “resultados operacionais equilibrados e positivos”.

Por “um clube mais eclético” capaz de fazer “renascer o espírito da prática do desporto amador” e “de cada sócio um atleta”, o documento aponta ao “crescimento infraestrutural do clube” após a reavaliação do “modelo operacional” das secções existentes. “Para a época 2025/26 estudaremos a hipótese de fazer regressar ao FC Porto a modalidade de voleibol masculino, incluindo os escalões de formação na vertente feminina e masculino, bem como um regresso do nosso clube ao atletismo”, pode ler-se.

Os “caminhos para a excelência” pretendem “vincar a cultura de clube”, dar “voz aos sócios”, responder “às exigências do mercado” e tornar o FC Porto “motor da defesa do associativismo”. Para tal há que valorizar “os sócios”, “os atletas”, “as Casas”, “os Grupos Organizados de Adeptos”, criar a “Fundação FC Porto”, olhar para o Museu “como dinamizador do futuro e da cultura de vitória” e fomentar uma série de iniciativas que aproximem a instituição das pessoas.

Em nome da “transparência e ética”, André Villas-Boas promete a criação de uma “comissão de ética”, do “portal da transparência” e de “um código de conduta”, “uma relação mais próxima e direta com os organismos que tutelam o futebol” e “tolerância zero” para “eventuais irregularidades”. O “plano para a igualdade de género” e o “plano para a mobilidade e sustentabilidade ambiental” também estão entre as prioridades para o quadriénio 2024-2028.

“O programa que vos apresentei não é apenas uma estratégia para vencer as eleições; é uma visão, um compromisso e, acima de tudo, personificação da paixão que todos nós partilhamos pelo FC Porto aliada à exigência e responsabilidade que está inerente à presidência do clube”, escreveu o vencedor do ato eleitoral antes de definir a “visão a dez anos”.

Em 2024/25, com “planeamento para implementação da visão”, a equipa liderada por André Villas-Boas trabalhará em prol de “um FC Porto organizado e estruturado” e de “um novo modelo de gestão desportiva desde a formação até à equipa principal”.

De 2025 a 2027 a administração fará nascer “um FC Porto com infraestruturas renovadas que sustenta a sua valorização na formação em todas as modalidades”. Entre 2026 e 2028 existirá “um FC Porto com uma marca forte e valorizada no mercado, alicerçada na presença consistente nas competições internacionais de referência”.

No quadriénio 2028-2032, o novo presidente dos Dragões garante “um FC Porto com a reestruturação económica consolidada” e, até 2034, “um FC Porto como clube modelo e referência a nível nacional e internacional, com presença no top-10 do ranking de clubes da UEFA”.

A tomada de posse de André Villas-Boas (Direção), António Tavares (Assembleia Geral), Angelino Ferreira (Conselho Fiscal e Disciplinar) e Fernando Freire de Sousa (Conselho Superior) está agendada para o meio-dia desta terça-feira no Estádio do Dragão.

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