FC Porto: “Peço aos sócios que votem, mas que votem conscientemente”
Porto Canal
Jorge Nuno Pinto da Costa, presidente e candidato às eleições do FC Porto, concedeu uma entrevista ao Porto Canal
É já no próximo sábado que se realizam as eleições para os Órgãos Sociais do FC Porto e Jorge Nuno Pinto da Costa, o líder da Lista A que vai a sufrágio, esteve esta quinta-feira no Porto Canal e garantiu que mudou a equipa, “não por incapacidade ninguém”, mas porque entendeu que “devia renovar”. E por falar em renovação, o recandidato à presidência explicou o porquê de ter avançado para a prorrogação do vínculo de Sérgio Conceição a dois dias das eleições.
“Hoje pusemos no papel o que tínhamos combinado há muito tempo. Fi-lo antes das eleições sem problema nenhum, pois foi só colocar no papel aquilo que tínhamos decidido. Já tinha sido decidido há muito tempo, mas para mim sempre foi claro. Depois da eliminatória com o Arsenal, foi quando decidimos continuar, pois fomos injustamente eliminados e desafiei o Sérgio Conceição de que faríamos melhor no ano seguinte. O Sérgio Conceição é um homem de palavra, pode vir o que vier que ele não falha. Estamos a entrar numa fase importante da época e temos uma Taça de Portugal que queremos conquistar, por isso entendi que, para segurança de todos, era importante que os jogadores sentissem que o chefe que todos eles adoram vai continuar”, afirmou.
Afastado da próxima edição da Liga dos Campeões, Jorge Nuno Pinto da Costa reconheceu que essa é “uma receita extraordinária” que o FC Porto não terá em 2024/25, mas, por outro lado, “vamos disputar o Campeonato do Mundo de clubes e vamos receber 50 milhões de euros por isso”. Para boas campanhas internas e internacionais, está a ser pensado “um plantel forte” e uma pequena remodelação na deteção de talentos: “O scouting vai ser reestruturado, aproveitando as boas pessoas que lá temos. Há que redinamizar, mas não vamos mudar porque não está tudo mal. Vamos ter mais meios para podermos trabalhar melhor”, explicou o atual presidente dos Dragões antes de abordar a escolha para a parte financeira.
“João Rafael Koehler resolveu muitos problemas complicados em momentos difíceis. Ao ver a forma como ele resolveu os problemas, foi por isso que o convidei”. E por falar em finanças, Jorge Nuno Pinto da Costa revelou a existência de “um plano financeiro” que vai sanar as contas do clube “em três anos”. Sobre o negócio com a Ithaka, o presidente dos Dragões garantiu que “é muito rentável” e que “vai melhor extraordinariamente o estádio”, além de significar a entrada de 65 milhões de euros nos cofres portistas. “Não estamos a tirar receitas a ninguém e, quem for eleito, já sabe que em junho vai ter 65 milhões de euros, mas pode devolvê-los até ao dia 1 de julho, além de poder anular o contrato”, acrescentou.
Ainda relacionado com o estado financeiro do FC Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa explicou as notícias mais recentes relacionadas com a UEFA: “O FC Porto saiu do fair play financeiro e tem as suas obrigações a cumprir, mas como alguns empresários colocaram ações em tribunal, tivemos de desviar dinheiro para eles e atrasar alguns pagamentos, mas comunicámos tudo isso à UEFA”. Relativamente à Academia, o recandidato à presidência garantiu que “não ia parar por causa das críticas” e sublinhou que esta infraestrutura “é fundamental para o FC Porto”. Além de anunciar a criação de equipas de “futebol feminino” e “andebol feminino”, Jorge Nuno Pinto da Costa revelou ter “o sonho” de erguer “um novo pavilhão para as modalidades”. A finalizar, assumiu que vai aceitar o resultado das eleições e deixou um apelo: “Peço aos sócios que votem, mas que votem conscientemente”.