António Frasco: "Vamos fazer uma final four de grande nível"

António Frasco: "Vamos fazer uma final four de grande nível"
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Porto Canal

António Frasco aconselhou os jogadores e salientou a importância dos adeptos antes da partida para a Suíça.

É já na próxima sexta-feira que a equipa de Sub-19 vai dar continuidade a um percurso “espetacular” na Youth League frente ao AC Milan (17h00, Porto Canal/FC Porto TV). Para o jogo das meias-finais, António Frasco quer que os seus “miúdos” mantenham os “pés bem assentes na terra” e tenham presente o “respeito pelo adversário”, algo “fundamental para o êxito”.

O adjunto de Capucho crê que os jovens azuis e brancos vão “fazer uma final four de grande nível” e que conseguirão “chegar à final”, em que “tudo pode acontecer”. Para isso, é preciso terem “alento para dar a volta às situações menos boas que podem acontecer”, “a resiliência, a vontade, o querer e a determinação que tem de estar sempre” presente e um ingrediente especial: “Vestir e sentir aquela camisola, terem amor pelo clube, esse sentimento é muito importante para eles”.

Em Nyon, na Suíça, vai entrar em campo com o emblema do FC Porto um “coletivo forte” com “jogadores capazes de decidir jogos” e o campeão europeu apela a que se reúna “mais um elemento” para “ajudar ao sucesso”: “Em 2019, tivemos a sorte de ter uma comunidade grande de emigrantes a apoiar-nos e a dar-nos uma força muito grande, acho que é fundamental”.

É uma das únicas pessoas na história do clube que sabe o que é ser campeão europeu enquanto jogador e treinador. Como se sente por isso?
Em primeiro lugar, sinto orgulho e felicidade enormes. Representar este clube e conseguirmos feitos que dificilmente se atingem…o FC Porto tem esta alma, este espírito, este sentimento que é acreditar sempre. Obviamente que tendo jogadores com qualidade as coisas tornam-se mais fáceis e nesses momentos tivemos jogadores com grande qualidade e a pontinha de sorte que é preciso ter nestes jogos decisivos de uma competição europeia. Tivemos uma equipa técnica que soube conduzir os atletas para alcançarmos estes êxitos e uma equipa diretiva muito forte que nos apoiou e não nos faltou com nada. Tivemos essa oportunidade e é um sentimento muito forte, uma alegria enorme.

Desde 1987 até agora, o que mudou no clube e que vantagens trouxeram essas transformações em termos competitivos?
Eu ainda sou do tempo do Estádio das Antas, desde aí o nosso clube transformou-se completamente sob a condução e liderança do nosso presidente. Temos um estádio distinto, um dos melhores do mundo, a profissionalização do departamento de futebol é cada vez maior e não falta nada aos jogadores. Essa transformação, com a incorporação de jogadores com qualidade e capacidades, faz com que tenhamos atingido mais finais e ganho pela segunda vez a Liga dos Campeões. Não é por acaso, é porque existe aqui uma liderança forte em todos os sentidos e jogadores com qualidade que conseguem impulsionar a equipa. É um mérito enorme de todos.

É também um dos poucos repetentes na comitiva que vai viajar para a Suíça. Que desafios pode esperar lá a equipa?
Todos sabemos e procuramos incutir nos nossos jogadores que não é fácil. Estão em prova quatro equipas fortíssimas, vamos enfrentar o AC Milan nas meias-finais, sabemos que as coisas não são sempre como pensamos, mas temos de ter um alento cá dentro para darmos a volta às situações menos boas que podem acontecer. Estamos esperançados e convictos de que vamos fazer uma final four de grande nível e acreditamos que podemos chegar à final. Aí, tudo pode acontecer.

Que memórias guarda da aventura de há cinco anos?
Festejámos, foi importante para o clube e para a formação, uma demonstração de que temos jogadores de grande qualidade como eram, na altura, o Diogo Costa, o Diogo Leite, o Diogo Queirós, o Fábio Silva, o Fábio Vieira, jogadores de grande nível. O FC Porto soube aproveitá-los e eles contribuíram para o engrandecimento do clube. Temos que encarar estas finais nesse sentido.

Que caraterísticas são fundamentais para vencer esta prova?
Para chegarmos aqui, demonstrámos uma grande capacidade de organização de jogo, mostrámos que somos um coletivo forte e temos jogadores que são capazes de decidir jogos. A resiliência, a vontade, o querer, a determinação, isso tem de estar sempre com eles. Faz parte de nós e temos de manter. É através desse sentimento que temos de procurar ganhar esta meia-final.

Como classifica esta campanha até ao momento?
Tem sido espetacular. Temos de ter os pés bem assentes na terra, os jogadores têm de pensar que têm valor, acreditar nas suas capacidades e no valor que produzem, mas devemos sempre respeitar o adversário, é fundamental para o êxito.

O que diferencia esta geração da de 2018/19?
O que diferencia é que muitos jogadores da de 2019 conseguiram chegar à equipa principal e a patamares muito elevados na Europa. Estes têm potencial, ainda têm um caminho muito grande para percorrer, que até pode ser curto. Têm de aproveitar estes momentos para demonstrar que são jogadores com capacidade para entrar na equipa A do FC Porto e depois poderem até seguir os seus rumos. Para mim, chegar à equipa principal é o fundamental e o que é mais importante. Vestir e sentir aquela camisola, terem amor pelo clube, esse sentimento é muito importante para eles.

Há jogadores muito jovens neste plantel. A irreverência que trazem pode ser decisiva nesta fase da época?
Sem dúvida. Não só nesta fase, mas sempre. Miúdos como o [Rodrigo] Mora ou o Martim [Fernandes], que já parecem adultos, sabem ler o jogo, são rápidos e inteligentes, leem as fases importantes do jogo e conseguem resolver encontros. O Mora tem resolvido jogos com muita classe e golos fantásticos. São miúdos que têm um percurso muito bonito para percorrer e podem ter muito sucesso no futuro.

Já sentiu na pele, enquanto jogador, os nervos que estes atletas vão sentir agora. Como os controlou e que conselhos pode deixar?
Como jogador que fui e tive a oportunidade de estar em finais, o nervosismo que se sente antes de entrarmos em campo porque se está a viver o jogo desaparece completamente quando pisamos o relvado. Os grandes jogadores não demonstram nervosismo nenhum em campo. Têm de estar concentrados no jogo, desenvolverem o seu jogo e ajudarem a equipa. Se puderem marcar golos, melhor, para o sucesso estar mais facilitado.

O quão importante pode ser a presença de uma falange numerosa de adeptos em Nyon?
Isso é muito importante. Em 2019, tivemos a sorte de ter uma comunidade grande de emigrantes a apoiar-nos e a dar-nos uma força muito grande, acho que é fundamental. É sempre mais um elemento que nos pode ajudar a termos sucesso.

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