Presidente da CCDR-N quer regionalização na agenda para cumprir 25 de abril
Porto Canal / Agências
O presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), António Cunha, assumiu esta quinta-feira que é seu objetivo manter na agenda o desígnio da regionalização, que está por cumprir desde o 25 de Abril.
"O nosso objetivo último aqui é manter este assunto na agenda, colocar este assunto na agenda, e contribuir para essa construção", disse esta quinta-feira em conferência de imprensa realizada na sede da CCDR-Norte, no Porto, convocada para apresentar o programa de comemorações dos 50 anos do 25 de Abril.
António Cunha recordou que a regionalização "é uma das promessas por cumprir" desde a revolução dos cravos.
"É uma promessa de Abril de tal maneira que está consagrada na nossa Constituição. A Constituição diz que o país deve ser regionalizado e deve regionalizar. Depois deixa em aberto o mapa dessa regionalização e algumas questões, mas não põe em causa a regionalização", destacou.
Vincando que para a CCDR a regionalização é um assunto que "importa discutir", ressalvou que a instituição não tem "uma agenda" ou "uma lógica imediatista de que este processo tem que ser construído e resolvido nesta legislatura, ou dentro deste ou daquele espaço temporal".
"Todos percebemos, e vamos percebendo isto, é um processo de construção, é um processo que acreditamos que, à medida que sejam feitas evoluções positivas, nomeadamente com reforço de competências das regiões, vamos caminhando nesse caminho", constatou.
Segundo António Cunha, potencia-se "a evidência de que uma gestão de proximidade, uma gestão mais rica, com esse conhecimento que só a proximidade permite", é "uma gestão mais capacitada e sendo capaz de responder àquilo que são os desafios de hoje, que são os desafios da multidimensionalidade".
"Hoje não temos problemas simples. Qualquer coisa é complexa, qualquer resposta a qualquer problema é multidimensional. Isso exige sairmos de uma lógica setorial e ir para uma lógica muito de integração de várias dimensões, e isso só pode ser feito a uma escala que não a nacional, a uma escala bastante mais pequena, nomeadamente a escala regional", considerou o líder da CCDR.
António Cunha acredita que o caminho da regionalização "é algo que vai exigir muita perseverança, muita determinação, uma demonstração diária de que os organismos regionais dão respostas mais adequadas".
"É nesse contexto que queremos trazer isto para esta agenda", concluiu o líder regional.