Caso de educadora acusada de maus-tratos em Aveiro segue para julgamento

Caso de educadora acusada de maus-tratos em Aveiro segue para julgamento
Foto: Centro Social de Esgueira
| Norte
Porto Canal/Agências

O processo de uma ex-funcionária da creche do Centro Social de Esgueira, em Aveiro, acusada por maus-tratos vai seguir para julgamento, depois de a arguida ter desistido esta segunda-feira da instrução.

Fonte judicial disse à Lusa que o debate instrutório, que estava marcado para esta manhã no Juízo de Instrução Criminal de Aveiro, não se realizou, porque a arguida desistiu da instrução que ela própria tinha requerido.

A instrução é uma fase facultativa do processo penal que pretende avaliar se há indícios suficientes para levar uma pessoa acusada de um crime a julgamento.

O processo segue assim para a fase de julgamento com base na acusação proferida pelo Ministério Público (MP), que imputou à arguida a prática de nove crimes de maus tratos, por factos ocorridos em 2019 e 2020.

Durante esse período, a arguida terá agredido várias crianças com idades entre 1 e 3 anos que estavam a seu cargo e obrigado as crianças que vomitavam no prato a comer a comida onde havia caído o próprio vómito.

A acusação descreve um episódio em que a arguida meteu um pedaço de pera na boca de uma menina que se engasgou e deixou de respirar, ficando “estática e com os olhos muito abertos”.

Após esta situação, a arguida terá desferido várias pancadas com força nas costas da criança sem qualquer efeito, tendo a menina acabado por expelir o pedaço de fruta quando uma das ajudantes a retirou da cadeira e a colocou no fraldário na posição lateral de segurança.

Numa outra situação, a arguida terá desvalorizado as queixas de dor de barriga de um menino de 2 anos, alegando que “aquilo era fita” e que deveriam ser “gases”.

O menino acabaria por ser conduzido ao Hospital de Aveiro, após a ajudante de ação educativa ter contactado o Instituto Nacional de Emergência Médica, tendo-lhe sido diagnosticado “vómitos persistentes e gastroenterite aguda”.

A acusação refere, por outro lado, que a educadora proibiu as ajudantes de dar colo às crianças e, quando estas choravam, “colocava a música do rádio muito alta e cantava em tom alto, tornando o ambiente da sala inadequado para o bem-estar das crianças”.

O MP diz que a arguida molestou repetidamente a “integridade física e o bem-estar psicológico e emocional” destas crianças, afetando-as na sua autoestima e desenvolvimento enquanto crianças.

+ notícias: Norte

Seis feridos em colisão rodoviária em avenida de Braga

Uma colisão envolvendo cinco veículos ligeiros na Avenida Padre Júlio Fragata, em Braga, provocou esta sexta-feira seis feridos, todos sem gravidade, disse fonte do Comando do Cávado da Proteção Civil.

Câmara de Braga lança guia de promoção da vida noturna da cidade

O município de Braga lançou um guia de promoção da vida noturna da cidade, que destaca os melhores locais para visitar, incluindo uma seleção de restaurantes, bares e estabelecimentos da noite, foi esta sexta-feira anunciado.

Área Metropolitana do Porto sem conhecimento de pedidos para instalar Andante na Linha do Vouga

O presidente da Área Metropolitana do Porto disse esta sexta-feira não ter conhecimento de pedidos para a autoridade de transportes permitir o uso do Andante na Linha do Vouga, que os Transportes Intermodais do Porto afirmam estar preparados para lançar.