Inês Sousa Real diz que PGR "não tem condições" para se manter no cargo
Porto Canal/ Agências
A líder do PAN defendeu este sábado que a procuradora-geral da República, Lucília Gago, "não tem condições" para se manter no cargo e que "não pode esconder-se atrás de comunicados", depois de pôr governos em causa.
"Não, Lucília Gago não tem efetivamente condições para se manter em funções, há aqui uma ausência, acima de tudo, de comunicação com a população", respondeu Inês Sousa Real quando questionada sobre se a atual PGR da República se devia manter no cargo.
A falar no Porto, à margem da apresentação do Programa Eleitoral do PAN para as eleições de 10 de março, a porta-voz do PAN defendeu também que Miguel Albuquerque, ex-presidente do Governo Regional da Madeira, se deve manter afastado do executivo, enquanto decorre a investigação por suspeitas de corrupção que o envolvem.
"No entender do PAN enquanto estiver uma investigação em curso, deve haver um afastamento para que a mesma possa recorrer de forma serena e sem qualquer interferência política e para que haja confiança nos cidadãos de que isso acontece", disse.
A PJ realizou, em 24 de janeiro, cerca de 130 buscas domiciliárias e não domiciliárias sobretudo na Madeira, mas também nos Açores e em várias zonas do continente, no âmbito de um processo que investiga suspeitas de corrupção ativa e passiva, participação económica em negócio, prevaricação, recebimento ou oferta indevidos de vantagem, abuso de poderes e tráfico de influência.
A investigação atingiu também o então presidente do Governo Regional da Madeira (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, que foi constituído arguido e acabou por renunciar ao cargo, o que implicou a demissão do executivo madeirense.