Montenegro critica propostas do PS, mas esquece Madeira
Inês Veloso Durães
Luís Montenegro criticou, esta tarde, a promessa de Pedro Nuno Santos em torno das portagens. O líder do PSD diz que é um "exagero" e que, se for primeiro-ministro, não vai dar tudo a todos.
As críticas ao Partido Socialista foram várias, por oposição ao silêncio que reinou quanto à crise política na Madeira.
Depois de Pedro Nuno Santos ter anunciado algumas medidas que pretende incluir no programa eleitoral, Luís Montenegro já veio criticar o "exagero" da política do PS.
Sobre a eliminação das portagens no interior e no Algarve, o presidente do PSD diz que o PS tinha "a responsabilidade de executar uma decisão tomada no parlamento por iniciativa do PSD que não era de eliminação do pagamento, era de redução do pagamento, e nem essa foi capaz de implementar". "É mesmo caso para dizer que há petróleo no largo do Rato. De repente, é possível dar tudo a todos", disse.
"Também fomos os primeiros a falar de aumentar o valor de referência do complemento solidário para idosos (CSI)", apontou Luís Montenegro quando se referia à porposta anunciada por Pedro Nuno Santos que pretende alterar os critérios do CSI.
Numa altura em que as reivindicações vêm dos vários setores do país, Montenegro deixa um aviso: "Quero aqui dizer olhos nos olhos aos portugueses. Se aquilo que procuram é um primeiro-ministro que vai responder que sim a todas as reivindicações, agora que está a cinco a seis semanas das eleições. Se é esse primeiro-ministro que procuram, eu não sou esse primeiro-ministro".
Muito a dizer sobre o adversário, mas pouco sobre a vida interna do PSD. Luís Montenegro manteve-se em silêncio quanto à crise política na Madeira e foi Paulo Rangel quem tomou da palavra ao afirmar que "a autonomia regional tinha de ser respeitada e foi respeitada. O PSD não deixou de transmitir as suas posições, mas tinha de ser o PSD da Madeira e a sua liderança a tomar as decisões".